Dificilmente no Dia das Mães alguém fale de mulheres como as esposas de Jó e Davi. No primeiro caso, o fato dela se irar contra Deus a ponto de dizer ao esposo “amaldiçoa o teu Deus e morre”, nunca é confrontado com o contexto. Imagine uma mãe perder todos os filhos da noite para o dia e tudo o mais em de redor ser destruído? No mínimo um “por que?” diante de Deus emerge do coração, não é mesmo? Deus, contudo, a perdoou, tanto que voltou a ter filhos e filhas.
Mas, falemos bem de Bate Seba! Sim, porque mal é o que mais falam. É certo que existe razão para isto, no seu caso e no caso de Davi quem sabe “razões”, afinal ele não apenas adulterou com a filha de Eliã e neta de Aitofel, mas, antes, fugiu do dever de estar no trabalho - daí muitos culparem o ócio pelo grave e histórico pecado -, desejou a mulher do próximo, pois naquelas alturas era casada com um bom homem, Urias, de origem hitita, que eram povo pacífico e que dão origem ao direito e a diplomacia, e mais do que isto, tramou sua morte, para ficar com a viúva, o que acabou acontecendo.
Bate Seba sempre é vista como uma mulher adúltera. Só isto. Nada mais do que isto. É claro que ela errou, mas interessante que muitos cristãos, esquecem de uma doutrina fundamental ligada à sua história. Como disse alguém, sua história não é a história de uma mulher perfeita, mas de como a graça de Deus pode transformar o mal em bem.
Seu pai, cujo nome significa “eu sou parte da família de Deus”, era um dos mais valentes e confiáveis soldados de Davi. Seu avô, um dos conselheiros do Rei. Ou seja, ela foi criada no seio de uma boa família. Deus, sabia disto. Ela foi também mãe de bons filhos. Seu casamento com Davi não deveria acontecer? Sim! Tanto que Deus puniu os dois, com a perda do filho que nasceu de uma relação adúltera. Mas, sendo bom, por outro lado, permitiu que ela tivesse outros quatro filhos – entre eles Salomão – cujos nomes foram inseridos na linhagem de Jesus.
Seu pai, cujo nome significa “eu sou parte da família de Deus”, era um dos mais valentes e confiáveis soldados de Davi. Seu avô, um dos conselheiros do Rei. Ou seja, ela foi criada no seio de uma boa família. Deus, sabia disto. Ela foi também mãe de bons filhos. Seu casamento com Davi não deveria acontecer? Sim! Tanto que Deus puniu os dois, com a perda do filho que nasceu de uma relação adúltera. Mas, sendo bom, por outro lado, permitiu que ela tivesse outros quatro filhos – entre eles Salomão – cujos nomes foram inseridos na linhagem de Jesus.
Mas, um outro detalhe realça a eficácia da graça de Deus sobre essa mulher, uma das “Genis” na mente de muitos cristãos. Um desses quatro filhos recebeu o nome de Natã. Quem foi Natã? O profeta, enviado por Deus, para confrontar Davi, mostrando-lhe a gravidade do pecado cometido e vaticinando a morte de um filho. Este detalhe indica que Bate Seba se arrependeu e compreendeu que a repreensão de Deus era justa. Convenhamos que nem todos, em pecado e situação semelhante, têm essa postura.
Por essas e outras, essa mulher precisa ser lembrada também sob outra ótica, como a mulher de Jó – que em sua humanidade surtou! – e até Maria, citada no meio evangélico de forma muito tímida talvez por conta de uma reação ao fato de ser citada demais – ou não seria? – no seio do catolicismo. Em relação as duas primeiras, se Deus as perdoou, mudou suas sortes e abençoou suas famílias, num segundo momento de suas histórias, vê-las sob uma ótica positiva também é necessário. Quem não concorda, que atire a primeira pedra!
Vivaldo S. Melo
Vivaldo S. Melo