As manifestações contra a política adotada pelo governador Mauro Mendes de fechar escolas estaduais, de forma gradativa, chegaram até Castanheira.
Corre nas redes sociais a informação de que a Escola Estadual Mário de Andrade, na Comunidade Nova Conquista, no 3º Assentamento, no Vale do Seringal, está numa lista, dias depois do chefe do executivo oficializar o fechamento de mais 9 instituições no Estado. A Escola Mário de Andrade não estava incluída.
Entre as reclamações, consta que as decisões tem sido unilaterais, sem ouvir a comunidade e que algumas dessas escolas são estratégicas.
Com espaço aberto para ouvirmos o outro lado, o Castanheira News foi contactado por algumas pessoas, revoltadas com a decisão e que estarão em reunião que deve acontecer às 17 horas desta quinta-feira, 21, na Comunidade Nova Conquista, onde existe o maior agrupamento humano dos quatro assentamentos do Vale do Seringal.
De acordo com alguns pais, a informação seria de que os alunos que hoje fazem parte da Escola Mário de Andrade, seriam transferidos para a Escola Estadual Paulo Freire, situada na Comunidade Lambarí, no 4º Assentamento.
“Existe toda uma história de lutas por detrás daquilo que hoje é a Escola Mário de Andrade”, disse uma ex aluna da instituição e que hoje tem os filhos estudando por lá. Ela invoca lembranças dos primeiros tempos, em que os alunos eram transportados numa Toyota para chegar ao local. Depois, veio a alegria de ganharem instalações modernas, com salas adequadas, quadra de esporte coberta e outras referências.
Entre 2019 e 2024, o governo de Mato Grosso implementou um processo chamado de redimensionamento na Rede Estadual de Ensino, que é uma política de estado que estabelece que os municípios fiquem responsáveis pela educação infantil e pelo primeiro ciclo do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), enquanto o Estado fica responsável pelo segundo ciclo do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e pelo Ensino Médio.
Esse processo tem como resultado o fechamento de diversas escolas estaduais. Agora, a do 3º Assentamento estaria na lista.
Em recentes manifestações acontecidas na capital do Estado, parte da comunidade escolar argumentou que “o modus operandi” deste processo é unilateral e impositivo. "Ninguém aceita essa decisão", disse ao Castanheira News uma mãe de aluno da linha do Vale do Rio Vermelho.
Foto do Facebook da Escola
Foto do Facebook da Escola