O menor orçamento da pasta desde 2014, caso não haja modificações. Essa é a notícia não muito boa para o setor de saúde do país. Outras áreas, como da educação, tiveram cortes substanciais no orçamento elaborado pela equipe do presidente Jair Bolsonaro, em áreas importantes como a merenda escolar e a educação superior.
O novo governo terá que lidar com situações complicadas na área, como a baixa cobertura vacinal de crianças, a Covid 19 com demanda reprimida por procedimentos durante o período mais agudo da crise sanitária, falta de medicamentos, cortes em programas como o Farmácia Popular e alta taxa de mortalidade materna.
Orçamento menor
A proposta orçamentária do Ministério da Saúde para 2023 representa o menor nível em 10 anos e está fixada em 149,9 bilhões. Se mantido pelo Congresso, representa uma redução de R$ 22,7 bilhões em comparação ao ano de 2022, descontados os gastos com a Covid 19.
Segundo o Conselho Nacional de Saúde, as perdas podem chegar a R$ 60 bilhões se considerado o teto de gastos, regra fiscal que limita o gasto público. Ela determina que o gasto máximo que o governo pode ter é equivalente ao orçamento do ano anterior, corrigido apenas pela inflação.
Conforme o órgão, os principais cortes atingem ações de imunização, cujo orçamento caiu de R$ 13,6 bilhões em 2022 para R$ 8.6 bilhões, e a Saúde indígena, que teve seu orçamento reduzido de R$ 1.4 bilhão para R$ 609 milhões, o que representa uma queda de 60%.