Impossível buscarmos exemplos de perdão, na Bíblia, além de Cristo, que apesar de todo o sofrimento que lhe impuseram, rogou, na cruz, para que o Pai perdoasse seus algozes, sem não referenciarmos José.
Apesar de vendido pelos irmãos, de uma prisão injusta, de ser esquecido por quem abençoou, como no caso do copeiro chefe do Faraó, nunca alimentou ódio em seu coração. Tristeza? Certamente! Mas, ele tinha um coração perdoador, oferecendo um perdão não meramente de palavras, como muitas as vezes acontece conosco, quando dizemos eu te perdoo, mas não mudamos, de verdade a disposição interior.
Como não lembrar que ao reencontrar os irmãos, quando ocupava uma posição em que poderia puni-los, ele partiu para o abraço. Em Genesis 45 lemos que abraçado com Benjamim, José chorou. Mais que isto, beijou todos os seus irmãos e chorou sobre eles.
O perdão que se requer daqueles que verdadeiramente conhecem os dois grandes mandamentos da Bíblia – amar a Deus, acima de todas as coisas, e amar ao próximo – transcende as palavras. Envolve o abraço, o afago, o choro sentido pelas coisas perdidas enquanto não se perdoa e pela alegria em relação ao que pode ser reconstruído.
Rev. Vivaldo S. Melo
Rev. Vivaldo S. Melo