É comum afirmar que ser grato é uma benção, que pessoas gratas vivem mais e melhor, que a gratidão enriquece a vida e todas estas considerações são absolutamente corretas. Pesquisas comprovam que agradecer fortalece o vínculo interpessoal, auxilia o bem-estar, reduz o stress e ajuda a prevenir a depressão e traz saúde mental.
Apesar de todas estas comprovações, muitos não demonstram gratidão. O que acontece com aqueles que não são capazes de reconhecer o bem que recebem? Que não são capazes de olhar a vida com encantamento? Que não reconhecem a vida como benção, são incapazes de agradecer a Deus pelo que recebem e nem reconhecem o que os outros fazem por elas? Como um coração ingrato sobrevive?
Existem pessoas que por mais que se faça nunca demonstrarão gratidão. Elas se parecem neutras ou indiferentes àquilo que lhes é feito, e por isto o bem que recebem não parece importante ou nada mais é que uma obrigação. Isto acontece costumeiramente em casa: São filhos que recebem tudo sacrificialmente dos pais, mas não demonstram gratidão, ou de cônjuges que nunca valorizam o que os outros fazem e ainda pensam que são devedores.
Gratidão é um termo derivado do latim gratia. É um sentimento de graça que uma pessoa sente por outra quando recebe algum favor. É uma forma de reconhecimento. Muitos são incapazes de demonstrar gratidão: Nenhum elogio, apreciação, valorização ou palavra de afeto. A psicologia social afirma que a gratidão só ocorre quando há empatia.
Será que a ingratidão tem cura? Qual efeito da ingratidão no coração? Moacir Bastos, poeta, afirma que “gratidão é o amor contemplando o passado”, os franceses afirmam que “gratidão é a memória do coração. “Será que o ingrato ao olhar a vida não é capaz de ver como já foram abençoados, de forma tão generosa? Será que não há, no coração, nada que os impulsione a expressar afeto pelo bem recebido? Um gesto, uma palavra de amor, um telefonema, um presente, uma declaração pessoal ou pública de gratidão?
É sempre fácil achar que somos gratos. Mas temos sido realmente capazes de demonstrar o quanto somos abençoados pela vida do outro? E em relação a Deus? Somos capazes de admirar e expressar o coração alegre diante de Deus ou vivemos no mundo do ressentimento, reclamação e murmuração? Você já considerou que todas estas coisas são opostas à gratidão?
A falta de gratidão faz mal, adoece, neurotiza. Faz mal para as emoções, faz mal para os outros, e espiritualmente, um desastre diante de Deus: o contrário da ingratidão é louvor, reconhecimento. Pense nisto!
Rev. Samuel Vieira
Rev. Samuel Vieira