A sete meses das eleições, o engajamento de jovens de 16 e 17 anos é o mais baixo já registrado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Até o fim de janeiro, 731 mil cidadãos dessa faixa etária, para a qual o voto é facultativo, tinham se cadastrado como eleitores. “Parece que os adolescentes não querem votar”, destaca uma estudante da faixa etária, de Castanheira, que está em condições de fazê-lo.
As inscrições seguem abertas até 4 de maio, mas, hoje, esse número representa cerca de 10% dos menores de idade aptos a votar e pouco menos de um quarto do total que foi às urnas três décadas atrás.
Na avaliação do cientista político e professor do Insper Carlos Melo, a atuação dos jovens na política é limitada.
“Muitos partidos, sobretudo na esquerda, que sempre mobilizou mais jovens, têm gente na direção partidária há 40 anos. As estruturas burocráticas, hierárquicas, abriram pouco espaço”, destaca.
Com o Estadão