Suzana Rocha Camargo: Enfim, engenheira!

RESUMO DA NOTÍCIA

Em tempos de formaturas, mais jovens castanheirenses conseguem realizar o sonho de alcançar uma profissão. Entre as histórias de 2021, está a de Suzana.
Impossível alguém ser de Castanheira e não conhecer a Feira de Ciências, evento educativo tradicional da Escola Estadual Maria Quitéria. A participação em algumas de suas edições, quando aluna da instituição, levou Suzana Rocha de Camargo, 22, a pensar em projetos de futuro. Em suas pesquisas, depois de alimentar o sonho de cursar Direito, foi crescendo o interesse por engenharia civil. Acabou se apaixonando. 
 
Neste ano de 2021, em meio aos cenários difíceis criados pela COVID 19, a jovem filha de Amarildo Pereira Camargo e Jesuína Rocha de Camargo, chegou lá, formando-se na área pela UNIC, Universidade de Cuiabá, campus de Tangará da Serra, numa turma que por si só comprova uma de suas qualidades, a perseverança. “Éramos 60 acadêmicos no começo do curso, apenas 23 conseguiram concluir”, observa.
 
Com a família estabelecida em Castanheira há 30 anos, o que a coloca no tempo dos inícios, Suzana viveu por aqui anos que não pode esquecer. Até pelo perfil do lugar, tranquilo e pacato, teve dificuldades, inicialmente, quando deslocou-se para Tangará. “Não foi fácil ficar longe da família, dos amigos, ir para uma cidade onde conhecia poucas pessoas, foi um processo difícil, mas consegui vencer esse obstáculo”, lembra.
 
Estimulada a falar de outros desafios, para indicar nortes para os jovens castanheirenses que pensam em seguir a trilha do mundo acadêmico, cita a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso, o famoso TCC, que tira o sono de muitos na reta final. “Tive que me preparar muito, para manter o controle emocional e focar em ter um bom desempenho para aprovação”, observa, destacando a ansiedade natural por estar realizando não apenas um sonho pessoal, mas também da família, que lhe deu todo suporte ao longo dos 5 anos de uma jornada concluída na última quarta-feira (15).
 
Aos que se preparam para a mesma jornada, nesta fase do ano marcada pela formação de uns e inserção de outros na vida universitária, Suzana dá um estimulo: “Invistam em seus sonhos e não permitam que ninguém diga que não será possível realiza-los, não tenham pressa na escolha do curso (“cada pessoa tem o seu tempo”), acreditem que tudo dará certo e que todos nós temos capacidade de conquistar o que almejamos”. 
 
Como todo leitor tem a curiosidade de conhecer o perfil de uma formanda, ela responde sobre alguns de seus gostares. A comida favorita é batata frita (“até porque é algo prático e que posso consumir em locais que frequento e tem o fato de eu ser vegana”); musicalmente tem como hit favorito “I want you break free”, da banda Queen; da literatura destaca o livro “Mulheres que correm com os lobos”, de Clarissa Pinkola Estés; das telas se diz intrigada com a película “O Parasita”, do diretor sul coreano Bong Joon Ho, ganhador do Oscar de Melhor Filme de 2020. 
 
Marcada pela gratidão, pergunta se pode registrar agradecimentos. Com o sim óbvio, além dos pais, já citados, destaca sua irmã, Juliana Rocha de Camargo, e a tia Fátima Pereira de Camargo. “Eles me ajudaram a vencer essa etapa da minha vida”.
 
Como os professores não podem faltar na história de todas as conquistas humanas, além dos locais, dos tempos de Maria Quitéria, cita, em especial, Rafael Capriolli, que sempre a incentivou; Cleidiane Moraes Novais, que lhe deu aula desde o primeiro semestre (“uma mulher admirável e extremamente inteligente”) e participou de sua banca examinadora, com sábias intervenções e, por fim, Alexandre Augusto de Oliveira, coordenador de seu curso no último período, também integrante da banca, pelo suporte dado a todos, e Márcio Homem da Silva Rizzon, Coordenador Geral do curso, pelas palavras sábias em sua participação na banca examinadora.