Foi tudo muito rápido. Há poucas semanas Luciana Marques Silva ainda fazia caminhadas na Av. Carolina Rezzieri, frequentava a Igreja Presbiteriana do Brasil, da qual foi ao longo de décadas membro exemplar e, mais recentemente, no Dia do Professor, foi homenageada pela classe, por uma grande conquista: a aposentadoria, outorgada oficialmente em 12 de agosto de 2021.
Na manhã desta quinta-feira, 11, por voltas das 09h40, em Montes Claros, Minas Gerais, ela “descansou nos braços de Deus”, como bem definiu seu pastor, Reverendo Welliton José. Naquela cidade, próximo a familiares, Luciana tratava de um câncer descoberto recentemente.
Nascida em Vitória da Conquista, Bahia, em 1º de junho de 1970, filha de Gilberto da Silva e Zaurita Marques Silva, ainda cedo veio para Castanheira, entrando para o rol de ex alunos da Escola Maria Quitéria e construindo uma história referenciada por muito amor e dedicação ao que fazia. Como muitos castanheirenses, trabalhou inicialmente na Madeireira Rezzieri. Até que optou pela educação ao ser admitida como técnica administrativa educacional em 28 de dezembro de 1990.
“Foi uma mulher firme, de caráter ilibado, uma mãe que amava e demonstrava amor o tempo todo e enquanto mulher, alguém de caráter aprovado, competente e minuciosa nos seus feitos”, destaca Welliton, o Baianinho.
Luciana vai ser lembrada por muitas coisas. Mas, se é possível referenciar algo, será a sua presença, ao longo de décadas, como Secretária da Escola Municipal Castanheira. Formada em Administração Escolar, com ênfase em gestão, desempenhou as mesmas funções no departamento da Secretaria Municipal de Educação relacionado as Escolas Rurais e na Escola Presbiteriana de Castanheira.
Da vivencia na Igreja, um dos lugares que mais amava, costumava estar presente em todas as reuniões e tinha o cuidado de inserir a filha, Maria Luisa, a Marilu como carinhosamente chamava, em todas as iniciativas voltadas para a formação cristã, especialmente a Escola Dominical, espaço semanal de ensino da fé, com classes diferenciadas para todas as idades. “A Igreja Presbiteriana de Castanheira, ao mesmo tempo que derrama lágrimas, também exalta ao Senhor, por nos presentear com a presença de Luciana”, diz seu pastor.
A Secretaria Municipal de Educação e Cultura, em nota, diz que “soma-se a todos que, em luto, neste momento, sofrem a perda de alguém que ao longo de 30 anos dedicou-se com excelência a educação do município, deixando um legado que será lembrado para sempre”. O prefeito Jakson de Oliveira Rios também lamenta a morte de Luciana, destacando o relevante serviço prestado especialmente a educação do município.
O corpo de Luciana não será trasladado para Castanheira. Será sepultado nesta sexta-feira, 12, às 10h., em Candiba, na Bahia, onde residem seus familiares.