Morre pioneira da Saúde em Castanheira

RESUMO DA NOTÍCIA

Uma vida marcada pelo amor ao próximo. Morre Lucia Vanzeli Bertoldi, deixando marcas na história de Castanheira.
Ministra dedicada na Paróquia Santo Antônio de Castanheira por muitos anos e nos dois últimos anos em Cuiabá, onde residia, Lucia Vanzela Bertoldi, 73, deve ter cantado, não poucas vezes, o clássico católico “Fica sempre”, cuja letra destaca: “fica sempre, um pouco de perfume, nas mãos que oferecem rosas”, numa alusão aos que passam por esta vida fazendo o bem.

E foi assim com Dona Lúcia. Nos mais de 30 anos que residiu em Castanheira, dedicou-se a cuidar das pessoas, sendo uma das pioneiras na área da Saúde, a partir de Novo Horizonte, sua primeira parada na região, onde viveu por cerca de 15 anos, trabalhando no Postinho, nos tempos da primeira gestão de Zilda Stangherlin, sua conterrânea e amiga.

Nesta área, amigos lembram que foi a primeira a trabalhar na orientação às mulheres sobre a importância do exame preventivo. Com seu aparelho de medir pressão, não poucas vezes, num tempo de extremos limites, já na cidade, nos tempos do Dr. Jorge, deslocava-se às casas das pessoas idosas para medir a pressão arterial. 

Neste sábado, 27, por volta das 18 horas, na Santa Casa, em Cuiabá, ela “deixou a terra dos viventes” como alguns dizem no sul, onde nasceu, na cidade de São Joaquim, Santa Catarina. Como a vida tem seus mistérios, há menos de 30 dias esteve em Castanheira onde visitou familiares e amigos, especialmente os de muitos momentos festivos passados no Clube do Idoso. “Não imaginávamos que estava se despedindo”, observa uma amiga.

“Era um exemplo no seio da família, dando o melhor de si pelos seus, especialmente depois da morte do seu eterno companheiro, Jacó Bertoldi, há 17 anos”, destaca a nora Aliete Martendal Bertoldi. “Vou me lembrar sempre de sua alegria, disposição e animação em fazer as coisas”, diz a amiga Mônica Grazieli de Oliveira Fochi. “Era uma pessoa cheia de vida”, salientam, em concordância. 

Dona Lúcia deixa cinco filhos homens, dois residentes em Castanheira (um na cidade e outro no Novo Horizonte), dois em Cuiabá e um em Juína. Destes nasceram netos e bisnetos. Seu corpo será velado na Casa da Saudade, em Castanheira, a partir das 13 horas deste domingo, 28, e sepultado entre o final da tarde e começo da noite no Cemitério Bom Jesus.