Ainda enfrentando os reflexos da COVID 19 na economia, os castanheirenses que atuam no setor de comércio continuam buscando alternativas para manter atividades. João e Jô, nomes de referência quando o assunto é gastronomia, além de manterem a rotina do tradicional “Fogão de Lenha”, estão indo além. Acabam de incorporar ao cotidiano da cidade a expressão “jantinha”.
Embora não faltem opções para “matar a fome” à noite em Castanheira, considerando-se suas dimensões, há quem goste de apreciar algo diferente, especialmente pratos que são servidos durante o almoço. “Castanheira estava precisando de algo assim”, diz Jô, animada com os primeiros resultados, lembrando que é um delivery de comida, oferecido até às 21 horas.
“Nossa proposta é simples: fazer algo rápido. Como tínhamos tempo livre, eu sei cozinhar e gosto muito do que faço, sugeri que fizéssemos algo”, observa.
Nos primeiros dias as opções foram o prato “brasileirinho”, na segunda, paixão dos brasileiros, incluindo arroz, caldo de feijão, batata frita, bife, ovo e salada. Na terça, espetinho. Quarta, Yaksoba. Quinta, estrogonofe e na sexta, macarrão na chapa. “Este cardápio é flexível, ou seja, vamos incorporar outros pratos, para não ficar repetitivo”, destaca.
Tem história
João Bento de Oliveira e Josélia Gabardo Neneve Oliveira, o João e a Jô, tem estrada no ramo de gastronomia na cidade. Nunca esquecem de lembrar que tudo começou em 2006, quando planejaram montar uma Marmitaria, em sociedade com a sogra, Alzira Gabardo Nenevê.
Ele conta que a iniciativa surgiu ao ver o sofrimento de Alzira, todos os dias, deslocando a pé para o trabalho, saindo de casa às quatro e meia da manhã. A ideia era servir em casa mesmo, mas a sogra sugeriu que alugassem um espaço. E assim começaram, com quatro mesinhas, algumas panelas e pratos que “juntaram um do outro”, uma geladeira, um freezer e um fogão.
O início não foi nada fácil. Serviam em média três a quatro refeições. “Nos melhores dias contabilizávamos dez”, lembra. A equipe era 100% familiar. Além dele e a sogra, revezavam-se na preparação do almoço e jantar sua esposa Jô e a cunhada Sidinéia Nenevê.
Com essas e outras histórias, que dariam um bom capítulo de livro sobre gente que acredita e faz, a “jantinha”, como Jô carinhosamente designa o novo projeto do Fogão de Lenha tem tudo para se firmar como uma boa referência para os que apreciam uma boa comida.