Castanheira sepulta nesta quarta, 25, mais uma filha de Coroaci, Minas, que denomina conjunto habitacional no Noga.
Dados de mortalidade global indicam que entre 160 a 170 mil pessoas morrem, por dia, no mundo. Nesta terça-feira, 24, às 16 horas, em Tangará da Serra, Rosiane Rodrigues de Oliveira, 48, entrou nessa triste estatística. Há 45 dias ela estava na UTI.
Nesta quarta, aos exatos 46 minutos das 10 horas, seu corpo chegou na Casa da Saudade, em Castanheira, onde alguns familiares e amigos, em silêncio, envoltos em muitas lembranças, aguardavam. Entre eles Fábio Junior de Oliveira, 28, um dos três filhos. “Era muito querida, não tinha boca pra nada, todos gostavam dela”, observou ao Castanheira News.
Rosiane, conhecida como Rosa no círculo mais íntimo, residia no Bairro Santo Antônio. Insere-se na galeria dos muitos filhos de Coroaci, Minas Gerais, a deixar marcas na história de Castanheira, onde chegou há 32 anos. Nos últimos anos, a perda do esposo, Inácio Juliano de Oliveira, produziu grande tristeza. Desde então, a vida não foi fácil. “Apesar do sofrimento, vivia sempre sorrindo”, destaca a sobrinha Emilly, de 18 anos.
Das lembranças, muitos destacam as conversas nos fins de tarde, em frente de casa, costume mantido por muitos, especialmente os que ainda conseguem desligar um pouco o celular para, olho no olho, falar das coisas da vida. Rosinéia Bento da Silva, uma das irmãs, lamenta que vai passar o aniversário, nesta quinta, sem Rosa. A mãe, Maria José Bento de Oliveira, a perda de uma filha “muito boa e obediente!”.
Entre os gostares que ficam na história, todos lembram o crochê. Mais antigamente, de uma cultura quase em extinção, costumava fazer tapetes e colchas de retalhos. Foi tecendo com o talento das mãos, que fortaleceu relacionamentos. Com a dura ruptura da morte, restarão as lembranças, doravante, sempre que uma ou outra peça dessas artes aparecer.
Segundo familiares, o sepultamento deve acontecer no final da tarde, no Cemitério Bom Jesus. Além dos filhos já citados – dois meninos e uma menina – Rosiane deixa três netos. Como registro final e necessário, diante de vários testemunhos idênticos, entre eles o de Jô, do Fogão de Lenha, cunhada, o fato de Rosa ser uma pessoa “extremamente do bem, que nunca abria a boca para falar mal de ninguém”. Por isto, ser muito querida.