A região noroeste de Mato Grosso tem várias novelas com intermináveis capítulos. Entra ano e sai ano, elas continuam em evidencia. Uma delas diz respeito às centenas (alguns dizem milhares) de buracos na MT 170, no trecho que liga Castanheira a Juína e vice-versa.
Incontáveis são os prejuízos materiais e até de vidas por conta do problema, nunca solucionado pelas operações “tapa buracos”, algumas encabeçadas pela própria comunidade, como uma coordenada pelo bispo diocesano Reverendo Padre Neri José Tolledo. Dos veículos, os donos, “que se danem”, como registrou, em desabafo, um deles. De vidas, quase sempre é mais fácil culpar as vítimas. "Continuarão sendo vítimas do descaso por muito tempo", avalia um motorista.
Quando, nesta terça-feira, 04, assessoria do Governo do Estado enalteceu convênio de R$ 15 milhões para recuperar 232,5 km de estradas dos municípios e Barra do Garças, Araguaiana, General Carmeiro, Novo São Joaquim, Pontal do Araguaia, Torixoréu, Ribeirãozinho e Ponte Branca, um leitor do Castanheira News questionou: e os poucos mais de 40 quilômetros deste sofrível trecho, aqui no noroeste, até quando?
A propósito de outra novela – a pavimentação da mesma MT a partir de Castanheira até regiões mais inseridas na chamada Amazônia mato-grossense, antiga rota da AR1 – anunciada como obra a ser, finalmente, iniciada, neste ano, a desconfiança é de quase 100% segundo pesquisa interna.
Com este pano de fundo, a propósito da malha que muitos já chamam de “queijo suíço”, se uma obra mais definitiva e não os meros paliativos anuais for anunciada, o ceticismo será o mesmo. Nos dois casos o povo tem uma resposta pronta, diante de tantas promessas: conversa típica dos anos de eleições. Resta torcer para a teimosia dos que ainda acreditam!