No último 21 de maio Ricardo Moreira Rodrigues completou 20 anos. Muito jovem para entrar para a galeria dos filhos queridos de Castanheira dos quais hoje se diz “era uma vez”. Porém, para espanto geral, em algum momento das últimas horas, não se sabe exatamente quando, isto aconteceu, ao decidir colocar fim a uma das mais sofridas dores, a existencial.
Antes de seu corpo ser sepultado, exatamente às 23h40 deste sábado, 16, no Cemitério Bom Jesus, diante de um público silencioso, tomado pela dor de uma perda inesperada, uma reflexão cristã sobre esperança, num cenário improvisado, quase na penumbra, destacou a leitura diferenciada que Cristo, sendo amor em essência, faz das angústias e dilemas humanos.
O corpo de Ricardo chegou por volta das 22h30 em Castanheira, procedente de Tangará da Serra. Numa justa homenagem, amigos e familiares fizeram um cortejo por algumas ruas da cidade, onde sempre brincalhão e alegre, ele compôs uma história e alimentou sonhos e esperança, um deles o de aprender os mistérios da mecânica elétrica de motores. Quando pode, mudou para Tangará, na busca de realizá-lo. Por lá trabalhava e estudava Engenharia Elétrica – claro! –, na UNIC.
Embora os registros da história irão referenciar Ricardo como um carismático aluno da Escolas Municipal Castanheira e Estadual Maria Quitéria, como filho da saudosa e querida professora Aleuda Moreira Rodrigues, falecida em 28 de dezembro de 2012, vitimada por um câncer e de Antônio Rodrigues, como irmão do Rodrigo ou como um jovem que gostava de fazer trilhas, entre outros, o de ter sido um grande amigo para uma multidão de jovens de sua geração ficará em evidência. "Fará uma grande falta", registrou um deles nas redes sociais.