No chamado ciclo do arroz, uma mulher, ao lado do marido, poderia ser lembrada, em Castanheira, como o exemplo de uma guerreira. Zilma Jummes, nascida em Nova Prata do Iguaçu, foi mais uma filha do Paraná a deslocar-se para uma região de Mato Grosso, o noroeste, da qual muito se falava, por conta de um projeto de expansão do governo federal. Chegou, com os pais, em 1987 e ficou.
Em Castanheira, casou-se, teve duas filhas gêmeas, Laine e Leine Dias, que lhe deram quatro netos. Cuidou muito bem de todos, a ponto de Maria José de Abreu, prima de coração, referir-se a ela como uma mãe e avó dedicada. Somam-se a esses os qualificativos de uma mulher guerreira, honesta e trabalhadora.
O esposo Aloisio Vidal é testemunha, melhor do que ninguém, da força de Zilma, pois ela esteve ao seu lado, nas lidas da Beneficiadora Castanheira, onde foi funcionário e proprietário, no final dos anos 80, do século passado, além de cuidar, com carinho, do lar.
Mas Zilma, como todo ser humano, tinha alguns limites. Um deles um problema renal crônico. Para receber melhores cuidados, em 15 de março de 2018 mudaram-se para Lucas do Rio Verde. Nesta sexta-feira, 18, de lá veio a triste notícia: ela não conseguiu avançar em tratamento de saúde. “Lutou o quanto pode”, registrou um dos muitos amigos, nas redes sociais. Em outubro, completaria 50 anos.
Segundo familiares, o corpo de Zilma será trasladado para Castanheira, onde, depois de um tempo para as despedidas, deve ser sepultado, neste sábado, 19, no Cemitério Bom Jesus. Em Castanheira deixa amigos e familiares, entre esses a mãe, um irmão, sobrinhos e netas.