Mais uma noite triste para Castanheira. Desde o início da COVID 19, parece que a noite tem trazido consigo a sombra da morte, para dezenas de amigos que não conseguiram transpor o vale, representado pelo sofrimento atroz que o vírus traz. Depois de semanas internado no Centro Covid, em Juína, faleceu Celso Vitorino Mariano, 57 anos.
A prova do carinho que a comunidade tem por este paranaense de Nova Cantu, nascido em 23 de maio de 1964, pode ser vista pelas homenagens nas redes sociais, que se reproduzem minuto a minuto.
Pessoas como Angela Nava, Alex Piccine, Neia, Cleiton, Everado, Eduarda, entre outras, já marcam suas páginas com o símbolo de luto e fotos de seu cotidiano. Numa delas, Xirú ou Chiru, como era conhecido, se veste com o manto de seu time do coração, o Flamengo.
Dele, Marcos Liotto, com o qual tinha um barco em parceria, por conta de outra paixão, a pesca, destaca o homem simples identificado com as coisas da terra. Talvez por isto o apelido, que lembra alguém ligado a terra ou que tem amizade com o Rio Grande do Sul.
De seu lote, no Casulo, onde residia ultimamente, costumava tirar muitos frutos, reproduzidos em algumas delícias, vendidas na cidade. De todas, as pamonhas serão as mais lembradas. “Hoje tem pamonha!”, costumava registrar, em recados, nos vários grupos de WhatssApp.
De seu lote, no Casulo, onde residia ultimamente, costumava tirar muitos frutos, reproduzidos em algumas delícias, vendidas na cidade. De todas, as pamonhas serão as mais lembradas. “Hoje tem pamonha!”, costumava registrar, em recados, nos vários grupos de WhatssApp.
Quando voltarem às aulas presenciais, os alunos do período noturno da Escola Estadual Maria Quitéria, não poderão desfrutar da companhia tranquila e amável deste homem que deixa, também, como lembrança o sorriso e o jeito brincalhão de ser. Ali trabalhava na guarda da noite, deixando em evidência que era alguém de muitos fazeres.
Por ser dedicado a comunidade, aceitou ter o nome indicado para a gestão 2012/2014 do Conselho Tutelar. Roberta Morais, que conviveu com Xirú neste órgão, lembra de outro detalhe: “Calmo como ele não tinha. Quando tínhamos que comparecer no Forum, em Juína, sempre vinha a pergunta cadê o Xirú. Como as audiências geralmente atrasam, de repente ele surgia, rindo, dizendo: não disse que dava tempo? Esse povo nunca começa na hora!”.
Temente a Deus, era ativo na Paróquia Santo Antônio, sendo um dos dirigentes das inesquecíveis novenas de natal. Deixa a esposa Maria e os filhos Laine e Cleiton. E, claro, uma grande saudade. Um ato de despedida acontece a partir das 07h00 desta quarta-feira, 16, com saída em frente a Paróquia Santo Antônio, na Av. 04 de Julho, na direção do Cemitério Bom Jesus. Valeu Xiru!
(Com informações de Marcos Liotto e Roberta Morais)
(Com informações de Marcos Liotto e Roberta Morais)