Castanheira se despede de Toninho Tangará

RESUMO DA NOTÍCIA

Morador desde o primeiro ano do município emancipado, Toninho era proprietário da Chácara Primavera.
Castanheira vivia seu primeiro ano de emancipação político-administrativa, em 1988, quando, entre os moradores que chegavam de outros lugares do pais estavam Antônio Paula de Andrade, sua esposa Adelina, fiel companheira por 54 anos, e os filhos Sérgio, Sirlei, Silvana e Sirlene, os dois primeiros ainda vivendo por aqui. Silvana e Sirlene, residem, respectivamente, em Juína e Sinop.

Por sua referência de morada anterior, Tangará da Serra, onde chegara procedente do Paraná, num lugar onde os apelidos afloravam, como parte de sua cultura, este filho de Tupã, São Paulo, nascido em 19 de agosto de 1943, ficou conhecido em Castanheira como Toninho Tangará. Mas, podia ser chamado Toninho Sorriso, não por conta do pujante município do chamado nortão de MT, mas pelo hábito permanente de manter o sorriso, na medida em que interagia com as pessoas.

Toninho Tangará faleceu nesta terça-feira, 02, no Hospital São Lucas, em Juina, onde estava internado. Exatamente nesta quarta, 03, há três meses, foi diagnosticado com câncer. Para um homem trabalhador, sempre de bem com a vida, iniciaria um tempo difícil, marcado por dor extrema. Por isto, entre os familiares, a expressão “descansou” ganhou forma nas últimas horas, apesar do impacto profundo que essa ruptura traz.

“Ele sempre trabalhou muito, sendo um homem honesto e divertido”, diz a neta Ítala. Por essas e outras entre os familiares e amigos, doravante, não faltarão lembranças. Elas são pinçadas desde os tempos em que percorria as ruas da cidade, numa carroça, entregando leite. Nos últimos tempos era sempre encontrado em locais conhecidos do comércio, fazendo uma das coisas que mais gostava, prosear, depois de pedalar sua inseparável bicicleta.

A partir desta quarta feira é certo que a Chácara Primavera, nas proximidades do Posto do Léo, não será mais a mesma. Faltarão suas risadas e as divertidas piadas, marcas registradas de seu cotidiano, onde a carne assada e a cervejinha não podiam faltar. “Meu pai era muito brincalhão”, destaca Silvana Andrade Dorneles, a filha caçula, que ao falar de seus gostares destaca as pescarias. Com ela todos falam da saudade que vai ficar, especialmente depois das 10h30 desta quarta feira, quando seu corpo será sepultado no Cemitério Bom Jesus, depois de velado na Casa da Saudade.