Embora a velhice seja uma aproximação física da morte, quando a vida neste tempo cessa, a dor é imensa. É o que sentem, nesta quinta-feira, 20, os filhos, demais familiares e amigos de Terezinha Pulici Pilegi, que faleceu aos 40 minutos da madrugada, tendo ao lado as filhas e a neta Ane.
Dela pode se dizer que teve uma vida feliz. Em seus 89 anos, revelou-se uma mulher forte, determinada, e vaidosa, como lembram os próximos, se mantendo sempre cheirosa e com as unhas feitas. Era muito organizada em suas coisas e amava fazer caridade.
Dona Terezinha nasceu em Água do Sene, Paraná, em 16 de agosto de 1933, chegando em Castanheira em janeiro de 1984, ou seja, quando ainda era distrito, o que faz dela uma das pioneiras nas transformações que ocorreriam a partir de quatro anos depois, com a emancipação.
De uma geração marcada pela simplicidade, era apaixonada por horta, cuidar da terra, cultivar e criar galinhas. E mais: mesa farta e viajar. E se Carl G.Jung nos lembra, oportunamente, que a velhice tem seu objetivo e este seria a sabedoria, como uma boa mãe procurou repassar as melhores lições de vida para aos filhos. Eram seis.
Apesar do sistema e mundo atuais sempre descartarem pessoas com o tempo de vida alongado, como aprouve a Deus conceder a essa pioneira, também é oportuno que se reflita sobre a necessidade de não vê-lo como simplesmente um tempo do fim da vida, mas de aprendizado para os que se beneficiam de suas presenças. Daí, a importância da convivência.
Na tarde desta quarta será o tempo do adeus a dona, por muitos anos, do endereço da Av. 04 de Julho, no centro da cidade, próximo a Gazin, especialmente daqueles que com ela conviveram e aprenderam. É na Casa da Saudade. Às 17 horas seu corpo será sepultado no Cemitério Bom Jesus.