Socorro! Covid impõe cenário crítico e medidas duras um ano após primeiro caso

RESUMO DA NOTÍCIA

Lokdown's e toques de recolher aumentam no país diante do avanço da COVID 19, na contramão da tendência de recuo na maioria dos países. OMS avalia que o país "vive uma tragédia".
Vivaldo S. Melo

No dia em que o Brasil completou um ano do primeiro caso de Covid 19, quem acessar as redes sociais, especialmente o conteúdo dos sites, incluindo os “não neutros” politicamente, pode no mínimo coçar a cabeça: depois das 1.582 mortes de ontem, quinta, 25, segunda marca histórica,  a sexta fecha com 1.327, conferindo a semana  a segunda maior média  de mortes pela Covid 19 em 7 dias, desde o início da pandemia: 1.148. 
 
A declaração da OMS, Organização Mundial de Saúde, de que “o Brasil vive uma tragédia” não pode ser ignorada em quaisquer debates. Algumas manchetes do dia dimensionam o caos: Toque de recolher em São Paulo,  Lockdown total em Brasília, Toque de recolher no Ceará,  Toque de Recolher no Paraná, Atividades não essenciais suspensas em Pernambuco a partir das 22 horas, 12 Estados endurecem restrições contra a Covid, 7 capitais tem mais de 90% de taxa de ocupação das UTI’s públicas, Hospitais Albert Einstein e Emilio Ribas com leitos 100% ocupados, etc., ufa!!! Pausa!
 
Numa semana em que o anuncio da volta das aulas presenciais em Juína, em março, gerou objeção de mais de 90% da população, conforme pode ser apurado dos comentários da matéria sobre o tema no Site Juína News, regiões em que o modelo híbrido já está em curso, começam a voltar atrás. É o caso de Brasília, no DF, onde não apenas as Escolas – que já funcionavam – mas Shoppings e serviços não essenciais fecham a partir deste domingo, 28. Mesmo autoridades mais moderadas no entorno de um assunto que polariza, divide, machuca, gera paranoias, preveem um mês de março, que se aproxima, sombrio.

Castanheira
 
E Castanheira? Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, no final da tarde, revela que nas últimas 24 horas mais 04 casos foram confirmados. Os casos ativos subiram de 34 para 39 e os que aguardam resultado evoluíram de 08 para 10. Os índices positivos indicam que mais 5 casos foram descartados (340/345), 05 casos saíram da agenda dos casos monitorados (50/55) e os óbitos continuam sendo 07. Curados? 238 até o momento num universo de 679 casos suspeitos investigados pelas unidades de saúde do município, onde uma valorosa equipe luta a exaustão, muitas vezes sem um correspondente de responsabilidade lá fora, onde muitos teimam em ignorar o ignorável.  
 
Visando ir além dos Boletins, o Castanheira News contabilizou que pelo menos 10 castanheirenses encontram-se em UTI’s no momento, especialmente na capital do Estado, entre esses um dos médicos mais ativos na linha de frente do enfrentamento. 
 
No setor Covid do Pronto Atendimento a taxa de ocupação continua alta, estando entre os pacientes até quem requeira melhores cuidados, estando na fila de encaminhamento para UTI assim que o sistema indicar uma vaga. Os cuidados recomendados desde o início da pandemia continuam valendo, pois o vírus ainda circula, aqui, acolá, até que os homens das instancias maiores, que deveriam atuar como facilitadores, se entendam melhor, definam logísticas mais eficazes e não olhem apenas para seus umbigos. Valem ainda, e como, as preces, os rogos e o fortalecimento da fé, sinalizadores maiores de esperança.