A noite deste domingo, foi de angústia para muitos castanheirenses. Alguns moradores lembraram os temporais de 1º de outubro de 2020, com chuva de granizo, que colocou por terra o que restava da Arena de Rodeios do Parque de Exposições e o vendaval de 15 de novembro de 2022, que causou estragos em centenas de residências.
Fortes ventos, antecedendo uma leve chuva, por volta das 22 horas, fizeram com que as terras soltas de vários serviços de infraestrutura realizados na cidade, mesmo com as últimas chuvas, ganhassem voo, proporcionando, temporariamente, aos que arriscavam sair para fora, um cenário caótico.
“Em meu quintal muito do lixo acumulado na região do Aeroporto apareceu”, disse uma moradora, que se diz cansada de reclamar da prática comum de alguns cidadãos de fazer do local um lixão alternativo, apesar dos esforços da administração em realizar limpeza periódica. “Quanto mais se fala, mais se faz”, reclama, rogando pela não citação do nome e cobrando fiscalização.
Segundo Gean Carriel, o garoto do tempo em Castanheira, a temperatura máxima em Castanheira, no domingo, 15, foi de 35.5ºC e a mínima de 21.6ºC, registrada após o temporal da noite. A umidade relativa do ar variou entre a máxima de 97% e a mínima de 46%. Os gráficos podem ser conferidos, abaixo.
Apagões
Muitas reclamações “de norte a sul, leste oeste da cidade”, em relação aos contínuos apagões que tem acontecido nas últimas semanas. A notícia, porém, a deduzir de estudos recentes, não é boa, pois os chamados “blecautes” podem se tornar mais frequentes em muitos lugares do mundo, incluindo o Brasil.
Vários fatores têm sido indicados, um deles listado pela Energisa no Estado de Mato Grosso é a sobrecarga de energia neste período, resultante do uso acentuado de ventiladores e ar condicionado, por conta do calor sem precedentes há décadas. Agosto, por exemplo, foi o mês mais quente da história. Some-se a isto, a escassez de chuva em vários cenários. Rios históricos do país, conhecidos pela densidade de água, estão com níveis nunca vistos. O Negro, por exemplo, está com o menor índice dos últimos 120 anos.
Em Castanheira, num cenário menor, o fenômeno, atribuído mundialmente ao agravamento das questões ambientais, é verificável no leito de alguns córregos e rios. Um deles, na chamada estrada do Aeroporto, encontra-se com um dos menores níveis de água de todos os tempos. Detalhe: já foi caudaloso e lugar de muitos pic nics.