E de repente, uma notícia de tirar o sono. Foi assim com Tatiane Nunes de Araújo, 37, em 10 de outubro de 2019 – um dia para não esquecer – quando exames detectaram uma alteração mamária.
Ela sabia que o problema poderia ser causado por diversos fatores, desde lesões na região até um câncer de mama. Esta última possibilidade, que engrossa estatísticas, gerou as maiores apreensões.
Mulher de fé, mas humana, lembra que se questionou com o clássico “por que”, diante do primeiro diagnóstico. Mas, foi um breve momento, porque a confiança em Deus prevaleceu e determinou no seu coração que estava preparada para seguir em frente.
Começava ali um período de idas e vindas a Barretos, para exames. Neste tempo descobriu uma das maiores crueldades dos humanos, explicada pela psicologia da atração, que é o gosto por falar o que não deve ou sabe. “Alguns chegaram a dizer na cidade que eu estava muito ruim”, lembra.
À parte deste cenário, além da fé em Deus ou por causa dela, Tatiane procurou continuar vivendo da maneira mais normal possível.
Para superar os temores, foi decisivo o apoio da família. Além do esposo, Mezaque de Oliveira Miranda, 38, e dos filhos Mevanzaque e Tais Vitória, destaca a presença constante, especialmente nas viagens a Barretos, da irmã Ana Claudia. “Ela fez até jejum por minha enfermidade”, diz, referindo-se a uma prática corrente entre os cristãos nos momentos difíceis.
Quando, depois de enfrentar este “vale da sombra da morte”, novos exames indicaram cura, ela revela que a primeira lembrança que lhe veio à memória foi o quanto Deus ama seus filhos. Grata, lembra, além d’Ele, dos familiares e amigos, da equipe médica de Barretos. “Eles me acolheram com muito amor e carinho”.
Para as pessoas que enfrentam o dilema de um grave problema de saúde, a palavra desta mineira de Coroaci, residente em Castanheira há 27 anos, é "não percam a esperança e a fé, porque Deus age no momento certo”.
