Toda história, boa ou ruim, tem um começo. A seguir, destacamos uma boa história. Fala do Sheik ou Tonico. A propósito você pode opinar, depois de saber a procedência, por um desses dois designativos.
Por Vivaldo S. Melo
Dona Terezinha Busnello, 81, gaúcha de Muçum, sendo mãe, avó e “bisa” tem muitos xodós. Pela ordem são 04, 10 e 06. Mas, há pouco mais de um ano, um novo personagem ganhou esse espaço em seu coração.
De um vizinho ela ganhou um cachorro. Aparentemente comum. Na linguagem popular seria um vira-lata ou, numa versão mais moderna, um rasga saco. Mas, estão certos os especialistas quando dizem que se enganam os que menosprezam esta raça.
Uma história de muitos capítulos felizes começou no dia em que um de seus filhos, o Tota, num café da manhã, com a presença do animal em casa, lhe deu um pedaço de mortadela. E, para surpresa, ele saiu, e foi para a casa de sua mãe, a Dona Terezinha. Curioso, fez um teste no dia seguinte. E pronto! Começava ali a trajetória de um fiel ajudador.
Dona Terezinha o chama de Sheik. Seu filho Tota, proprietário da empresa mais tradicional de produtos variados, denominada popularmente de “o Shopping de Castanheira”, prefere Tonico. Independente desses quereres, o cãozinho se torna cada vez mais popular na cidade.
Não é raro ver o Sheik – ou Tonico – circulando pelas ruas de Castanheira, carregando alguma sacola de produtos diversos. Além de socorrer Dona Terezinha com urgências, como remédios da casa do filho, outra referencia comum de suas habituais idas e vindas, quebrando o galho da família, é o Mercado Pingo de Mel, do Tigrilo. “Traz também encomendas da feira”, destaca sua dona.
Mas, as habilidades deste cãozinho não param ai. No quintal de Dona Terezinha ele quer reinar soberano. Por isto, aí do rato, largartixa e qualquer animal que se mova, que tente cruzar seus limites.
“Ele é muito ladino”, observa dona Terezinha, fazendo uso do termo gauchesco com o significado de “inteligente e brincalhão”. Entre suas práticas prediletas está o brincar, especialmente de bola. Por essas e outras ninguém duvida que temos, em Castanheira, um candidato a “meme” nas redes sociais. Mas, e daí, Sheik ou Tonico?
