Texto da reportagem de Capa da edição nº 09 – Junho de 2016
O tempo não conseguiu fazer com que muitos castanheirenses esquecessem Sedenir Chaves, catarinense de São Lourenço do Oeste, que chegou a região ainda criança, trazido pelos pais Hermínio Lichescki Chaves e Maria Juci Chaves. Ele viveu apenas 21 anos, pois em 1998 sofreu um acidente de Moto, no centro da cidade, na Av. 04 de Julho, não resistindo aos ferimentos.
O tempo não conseguiu fazer com que muitos castanheirenses esquecessem Sedenir Chaves, catarinense de São Lourenço do Oeste, que chegou a região ainda criança, trazido pelos pais Hermínio Lichescki Chaves e Maria Juci Chaves. Ele viveu apenas 21 anos, pois em 1998 sofreu um acidente de Moto, no centro da cidade, na Av. 04 de Julho, não resistindo aos ferimentos.
“Eu me preparava para dormir, às 20h30 de um domingo, quando fui informado”, lembra Leonir Chaves, o Léo, único irmão, que vê aquele dia como um divisor de águas na história da família. “Ele era uma pessoa muito alegre. Sua morte afetou a vida de todos nós. Meu pai, por exemplo, até hoje não se recuperou do impacto”, relata.
As reações a dor por uma perda são diversas. Quem conversa com Leonir Chaves dificilmente consegue perceber que até hoje a ausência do irmão impõe uma prática em seu cotidiano. “Trabalhar, trabalhar e trabalhar, foi a forma que encontrei para superar essa ausência”, observa. “Meu irmão era uma pessoa especial, que conseguiu chegar ao coração das pessoas, além de ser extremamente dinâmico no trabalho”, diz.
Leo destaca que na época eram sócios numa empresa de consórcio da Canopus e lembra que o irmão chegou a vender 56 quotas num único mês. Amigos como Graziely Barizoni e Nildomar Gusmão, hoje vereador, não esquecem o jovem que se despontava como um grande empreendedor. Outros da época de Escola Maria Quitéria, onde Sedenir cursava o antigo magistério, falam de seu estilo simples de vida. “Seu trajeto mais comum era da Escola para Casa e de casa para o trabalho”, diz Ivania Tigre.
E se alguém pode esquecer Sedenir, pela ausência de canções que à época ligavam a sua vida – em 1998 Jota Quest fazia sucesso com “Fácil” e os Titãs comoviam multidões com o acústico “Insensível” e no sertanejo o nome forte era Leandro e Leonardo, tendo o primeiro morrido exatamente neste ano em decorrência de um câncer – não pode esquecer uma cena do dia seguinte ao seu falecimento, quando o caixão foi levado de sua residência à Igreja, para o ofício fúnebre, por integrantes do Leo Club, todos me pranto, lamentando sua perda. A cidade chorou a sua morte.
“De muitas formas a morte de meu irmão marcou a minha vida. Foi-se um pedaço bom da gente, que o tempo não pode trazer de volta. O melhor que posso fazer por sua memória é manter vivas e procurar colocar em prática as lições de vida que aprendi”, conclui Léo.