Alguém escreveu que a morte é um tema inevitável e muitas vezes cercado de tabus, mas é fundamental expressar nossos sentimentos e pensamentos antes de partirmos. Anderson Marssolla Mafra, num dos poucos registros nas redes sociais, a propósito, escreveu: “Nunca confunda meu silêncio com ignorância, minha calma com aceitação ou minha bondade com fraqueza”.
No início da tarde desta quinta-feira, 17, seus dias tiveram fim, num acidente solitário, na Linha Novo Horizonte, quando pilotava a sua moto Tornado. “Era uma de suas paixões”, disse um amigo, na Casa da Saudade, em Castanheira, no início da da longa noite de despedida.
Mesmo que saibamos ser necessário aceitar a morte como parte integrante da condição humana e aprender a lidar com o medo de sua inevitável chegada, quando ela chega, fica evidente nossa humanidade. Choramos. Lamentamos. E o consolo é quase impossível.
Anderson, casado, pai de três filhos, morador da Estancia Mafra, na linha 03, vai ser lembrado por algumas das qualidades mais nobres entre os viventes. “Era trabalhador e um homem de família”, destaca um dos amigos mais próximos, tido por ele, em vida, como irmão, o Edson da Balbina. Morreu no caminho do trabalho, na linha Novo Horizonte, o que torna o ato da despedida ainda mais doloroso.
Dos registros que ficam para a história, Denise, a esposa escreveu, nas redes sociais: “Eu não teria como escolher um homem melhor que você, trabalhador e que faz qualquer coisa que seja honesta para sustentar sua família”.
Nas mesmas redes sociais, vários amigos expressam o sentimento de tristeza, como forma de solidariedade. “Cara super do bem, estudamos juntos, é uma perda enorme”, diz Lucineia Teófilo. “Nunca imaginei uma coisa dessa, descanse em paz, irmão”, lamenta André de Lima Fabiano, externando condolências aos familiares. “Grande amigo”, escreve Rodrigo N. da Silva, mesmo registro de Fábio Alves da Silva, seu amigo de infância. Para Fabricio Hatila, sua perda traz grande tristeza para todos. “Era um cara muito bacana!’.