Chuvas em Castanheira: Nem foi preciso invocar São José

RESUMO DA NOTÍCIA

Passados 11 dias da marca de São José, quando chuvas são esperadas pelos castanheirenses, neste ano nem foi preciso invocação. Elas continuam fortes...
Embora se afirme que toda chuva é bem-vinda, todo excesso não é. Neste ano de 2022 a chamada estação das águas tem superado as edições anteriores. 

Se tudo, em de redor, está mais verde do que nunca, os estragos gerados pelas águas volumosas têm trazido transtornos para alguns segmentos. É o caso dos motoristas de ônibus da rede municipal de ensino, com dramas diários. Não bastasse a chuva, tem a falta de compreensão humana de que “ninguém pode com a força da natureza”, conforme diz Fábio Campiollo num estudo sobre o tema.

Apesar de várias frentes de obras terem sido criadas para melhorar a malha viária vicinal no município nos últimos anos, com quebra de morros, aterramento de áreas baixas, construção de pontes e bueiros, alargamento de pista, eliminação de curvas, entre outras, a demanda reprimida em tempos anteriores mantém grandes desafios.

Uma prova de que realmente o ano foi e tem sido de muita água, é a chamada Chuva de São José, esperada todo dia 19 de março. Em alguns anos anteriores, antes desta data já havia sequidão e a esperança de um renovo com o cumprimento da tradição. Neste ano muitos até esqueceram, pois dificilmente tem ficado dois dias sem chuva em Castanheira.

A tradição da chuva



A esperada chuva de São José faz parte das tradições em torno do seu dia, na fé católica. O José no caso é o pai de Jesus. No catolicismo é um dos santos mais populares. 

A data é aguardada todos os anos por muitos agricultores. Segundo a crença dos fiéis, a chegada da chuva no dia 19 de março é sinônimo de boa colheita durante o resto do ano. No caso do nordeste, onde as chuvas são mais raras, essa expectativa é maior. Aliás, ele é o padroeiro da região. 

A menção da chuva, no dia 19, foi inserida nas tradições locais exatamente pelos nordestinos, presentes entre os pioneiros do município. 

 “Ele é protetor dos nordestinos, que esperam a chuva. Existe uma identificação com o santo, pelas dificuldades. Os dois acreditam em dias melhores, que coisas boas virão, José era assim. Por isso pedem a proteção de São José pela chuva”, destaca um devoto do santo.

Para os que acreditam na tradição, pelo menos este ano São José não teve trabalho. As chuvas já eram intensas nos dias anteriores, aconteceu no dia e insiste em permanecer. Boa talvez para a maioria, ruim para alguns, pelo menos nesta quarta-feira, 30, continua mostrando a cara.