A família capixaba de Castanheira, uma das maiores do município quando se pensa nos pioneiros e nos que se estabeleceram depois deles, está de luto. Faleceu nesta segunda feira, às 04h30, de parada cardíaca, no Hospital São Lucas, em Juína, um pioneiro na região: Valdeci de Jesus, o eterno companheiro de Dona Maria das Graças, a Lia.
O Roxinho, como conhecido no círculo mais íntimo, era filho de Barra do São Francisco, Espírito Santo, onde nasceu em 20 de junho de 1963, tendo chegado na região nos tempos do pequeno vilarejo, no chamado ciclo das serrarias.
Foi neste cenário, das derrubadas, que projetou seu nome. Alguns amigos e familiares o viam como “o melhor piloto de motor”, operando com destreza nas densas matas da região noroeste, no início dos anos 80.
Alguns se referiam a ele como um iluminado, pois muitos de seus amigos e dois irmãos de sangue, morreram nesta difícil lida. Depois de muito tempo trabalhando no setor, passou a integrar a equipe de Obras do município.
Se um registro maior precisa ficar para a história, no entanto, é no campo das relações humanas que Roxinho será mais lembrado. “Era um ser humano de um grande coração, sempre disposto a ajudar o próximo”, destaca Cleiton Augusto, que acompanhou, nos últimos tempos, o sofrimento do amigo, acometido por um câncer.
Nas prosas do dia, na Casa da Saudade, onde seu corpo será velado até às 09h00 desta terça feira, 21, quando será sepultado no Cemitério Bom Jesus, amigos e familiares, tocados por lembranças, listavam “coisas típicas de Roxinho” como a paixão pelo baralho, pelo time do coração, o Vasco da Gama, e alguns gostares, entre eles o peixe frito e frango com polenta.
Entre os filhos, Eliane, residente em Juara, tocada pela emoção, e a sobrinha Elisângela, lembram a virtude da honestidade e reforçam seu apego à solidariedade, destacado por Cleiton. Todos os demais o referenciam como um bom amigo. “Alguém que vai fazer muita falta entre nós”, observa um deles. E fará!