Robson Castelão: A luta implacável por dias melhores

Há 2 anos ele teve um acidente e um péssimo diagnóstico. Hoje é um bom exemplo de superação.

Chocados e preocupados, os amigos de Robson Antônio Castelão, ouviram a notícia que ele tinha perdido o controle da moto que pilotava, numa lateral da Av. Castanheira, nas proximidades da garagem da Casterleite. Era por volta das 23h30 do dia 18 de março de 2018, um domingo. 

Robinho, como é conhecido no círculo íntimo de amigos e familiares, tinha acabado de fazer 16 anos. No esplendor da adolescência, gostava de jogar futebol, praticar montaria em bois, trabalhava e era estudante do 1º ano vespertino do ensino médio, na Escola Estadual Maria Quitéria. 

“Daquela noite para o outro dia tudo mudou”, conta Jéssica Gisele Rulnix dos Santos Castelão, que ao lado do esposo, Roberto Carlos Castelão, se fez presente no novo cenário da vida do garoto desde o primeiro momento. Os diagnósticos iniciais indicavam fratura de cinco vértebras, sendo quatro cervicais e uma torácica. 

A primeira fase do tratamento, depois de uma cirurgia em Sorriso, incluía alguns poucos cuidados em Castanheira e Juína, neste caso com laser. Envolvia uma rotina delicada, pois os movimentos do ir e vir tendo que andar numa cadeira de rodas e com dificuldades de movimento, por ter colocado uma placa e três  pinos no pescoço, impunham limites severos à sua saúde. 

No início de tudo, Robinho permaneceu bastante calado. Depois, contudo, fazia de tudo para animar as pessoas próximas. Muitos compartilhavam que iam para consolá-lo, pois imaginavam sequelas em sua vida emocional, mas acabavam voltando para casa com um sentimento de gratidão por seu otimismo.

Em janeiro último, na busca de um tratamento mais eficaz, parte da família deslocou-se a Ji-Paraná, onde permanece. A nova rotina se desenvolve no Hospital Mater Day, onde Robinho se submete a tratamento com laser e paralelamente recebe atendimento psicológico uma vez por semana e de fisioterapia três vezes, além das ações presentes desde o primeiro momento, como curativos diários. 

“Robson nos surpreende a cada dia, é um verdadeiro guerreiro, enfrentando os obstáculos da melhor forma possível”, observa Jéssica, cuidadora permanente ao lado de Herica Naiara de Freitas, que escreve com o paciente uma história de amor. 

Com a determinação de Robinho, elas não tem dúvidas de que haverá só mais uma etapa pela frente: a que inclui o retorno a Castanheira, a aplicação de botox nas mãos para volta dos movimentos nos dedos e, finalmente, o tão sonhado tratamento no Hospital Sara Kubstcheck, em Brasília, referência para acidentados. Isto não aconteceu até hoje porque é preciso, antes, curar uma escara, ferida contraída por pessoas acamadas.