Uma pescaria, um pirão, um bom “causo”. Essas coisas, a partir deste sábado, 14, farão com que uma grande família, não aquela da TV, mas da vida real mesmo, na região do Vale do Seringal, em Castanheira, lembre uma matriarca que marcou a vida de muita gente.
Dona Regina Peixoto da Silva, ou Regina dos Cutias, como muitos a conheciam, de 85 anos, 33 dos quais vividos na região de Castanheira, ou seja, um ano após sua emancipação, tinha as referências citadas como alguns de seus gostares. O verbo, no passado, deve-se ao fato de que ela não está mais entre nós. Faleceu no Hospital Metropolitano, em Cuiabá, e seu corpo está sendo trasladado pela Caminho da Paz Funerária, que acaba de se estabelecer na cidade.
Trata-se da segunda nordestina, com referencia de pioneirismo, a virar uma página da história de Castanheira nesta semana, indicando, que na terra da Rezzieri até na morte existe solidariedade. Depois do adeus a baiana Silonita, a Nona, neste sábado, os castanheirenses se despedem, neste domingo, 15, por volta do meio dia, desta pernambucana, nascida em 23 de junho de 1937, detentora de um título quase insuperável na história local. Dona Regina teve 15 filhos, que geraram até aqui 47 netos, que geraram 39 bisnetos.
Se com essa prole invejável é de se esperar que o ambiente seja de muita tristeza madrugada adentro, na Casa da Saudade, quando o corpo já terá chegado, as horas precedentes incorporam boas lembranças. Na medida em que as falas buscam este volver, muitos familiares lembram dos bons conselhos que costumavam ouvir. E de um contínuo fazer: o colorau, condimento e corante feito de pó de pimentão seco, fonte de renda entre amigos e familiares a partir da Comunidade Serraria, no Quarto Assentamento, onde residia com o filho Agenor.
Por essas e outras, registre-se: valeu Dona Regina das Cutias, por brindar-nos com sua história!
Por essas e outras, registre-se: valeu Dona Regina das Cutias, por brindar-nos com sua história!