Pioneiro Geraldo Rodrigues dos Reis deixa uma bonita história para futuras gerações

RESUMO DA NOTÍCIA

Filhos, netos, bisnetos, tataraneto, demais familiares e amigos se despedem de pioneiro que deixou várias marcas na história de Castanheira.
Às 17 hores deste domingo, 28, na Casa da Saudade, uma família constituída de filhos, netos, bisnetos e tataranetos, além de demais familiares e amigos de Geraldo Rodrigues dos Reis terão encerrado aquele que é descrito como um dos piores momentos da existência, porque a despedida dos que amamos vem antecipada de uma ausência.

A ausência, no caso, é física, porque será difícil esquecer a história de alguém que deixou marcas indeléveis naqueles que com ele conviveram, refletidas em várias manifestações como “era alguém muito alegre, viveu com prazer, foi alguém exemplar”.

Sua história repete um roteiro feito por muitos pioneiros locais, que deixaram Minas, viveram um tempo no Paraná e depois, tocados por informações de uma nova região sendo desbravada em Mato Grosso, pela CODEMAT, fizeram parada final. 

Minas Gerais foi a terra de seu nascer, no ano de 1932, em Santa Maria do Suaçui. No Paraná, morou um tempo em Guaraniaçu. No noroeste de Mato Grosso, chegou em 1984, enfrentando, como muitos, o areião da AR-1, rodovia projetada para fomentar o povoamento, a partir de Vilhena, RO, até Aripuanã. Depois de um ano em Juína, optou por Castanheira, ainda distrito.

Homem identificado com as lidas da terra, viveu parte de seus dias na Chácara São Sebastião, na linha 01, Comunidade Boa Esperança. A partir dali criou com sua amada Conceição Ramiro dos Reis, falecida em 2018, os filhos, três nascidos em Minas e três no Paraná, que geraram 17 netos, que geraram 08 bisnetos, um deles gerando tataraneto.

Na vida do Seo Geraldo, qualificativos não faltam. Laíssa Raniere Ribeiro, uma das bisnetas, o define como uma pessoa alegre, nos jogos que gostava de jogar – malha, dominó -, nas danças, especialmente o forró, que movimentavam animados passos, entre outras manifestações. Sidinalva, neta, destaca o prazer em viver. Tanto que lutou enquanto pode, no Hospital São Lucas, de Juína, onde era cuidado. 

Joaquim e Divino, filhos, lembram o pai zeloso com a educação, com o trabalho, e observam, como todos, que sentirão falta das histórias que costumava contar, principalmente das andanças da saga entre Minas e Mato Grosso, e das músicas que gostava de dedilhar em sua inseparável acordeon. Até por isto, lembrando Milton Nascimento, até se elas forem esquecidas, ficará, doravante, a certeza de que ele estará sempre, do lado esquerdo do peito, pelas sementes que plantou.