Luto: o Adeus a Ana Rodrigues Brito

A história de Ana Rodrigues Brito, 68, pode ser construída sob várias óticas. De Minas Gerais, a infância feliz em Ipanema, sua terra natal.  Da profissão, cabeleireira, 40 anos de labuta, para criar, sozinha, os filhos Cidinha, Cleber e Carlinhos. Vinte foram em Castanheira, depois de um tempo de 28 anos em Iguatemi, Mato Grosso do Sul. Da fé, pode ser comparada a Loide e Eunice, avó e mãe, respectivamente, do jovem Timóteo, discípulo do apóstolo Paulo.

O Salão, na Av. dos Trabalhadores: lembrança de uma história de lutas...
O Salão, na Av. dos Trabalhadores: lembrança de uma história de lutas...

É desta última referência que a filha Maria Aparecida, professora, conhecida como Cidinha, gosta de lembrar. “Criou os filhos nos caminhos da fé cristã, primando por valores como a honestidade e o amor a Deus”, conta, acrescentando: “era uma mulher digna, que fazia tudo por nós”.  Evangélica, congregava na Igreja Assembleia de Deus, ministério de Belém.

Dona Ana Cabeleireira, como era conhecida, por ser proprietária do Salão que leva o seu nome, na Av. dos Trabalhadores, e que já foi referenciado, no passado, com o nome da cidade sul-matogrossense, Iguatemi, onde criou os filhos, chegou a Mato Grosso em 1999.  Veio estimulada pelos pais, José Alves de Almeida e Efigênia Luzia Rodrigues de Brito, pioneiros em Castanheira, onde chegaram no final da década setenta do século passado, movidos pelo ideal de  viverem uma nova realidade.

Neste sábado, 29, depois de enferma por mais de sete meses, a partir do agravamento de um problema pulmonar, ela venceu o seu último inimigo terreno, segundo perspectiva bíblica, a morte. Faleceu no Hospital Municipal, em Juína, ao lado de familiares e amigos. “Ela lutou até o último momento, mas morreu certa de ter conquistado a coroa da vida”, observam, indicando a esperança que alimentava, em sua caminhada, da vida eterna. A cerimônia de despedida aconteceu neste domingo, 30, na Casa da Saudade. Foi sepultada, em seguida, no Cemitério Bom Jesus.