A morte, segunda expressão da dialética humana, chegou nas últimas horas para Jubivisnuti Martins Rezende. Sim, porque existe uma incógnita sobre o momento em que ele teria morrido, uma vez que estava sozinho, no Sitio, e foi encontrado morto no campo.
Se o nome soa um pouco ou muito desconhecido, sendo provavelmente a junção de algumas palavras com significados específicos, a vida, a outra expressão da dialética citada (morte/vida) de Nuti, como era conhecido, para poupar engasgos semânticos, foi muito conhecida.
Traduzindo em termos simples, Seo Jubivisnuti, o Nuti, de 58 anos, terminou seus dias entre nós entre a quinta e a sexta feira, no lugar que mais gostava de estar, o Sitio Nova Vida, na Linha 03, em Castanheira. Foi a terra que projetou seu nome na comunidade, ao vender seus frutos.
Sua história começa em terras do noroeste mato-grossense há 40 anos, quando chegou, com 18, sozinho, solteiro, em busca de oportunidades, num tempo em que o projeto da CODEMAT de povoar a região se tornou conhecido no país, estimulando o êxodo de vários brasileiros.
Mineiro de Uberlândia, não tinha dificuldades em entender, pra responder, os mineirês usados por seus conterrâneos nas abordagens, do tipo “doncêé”, “oncêmora”, “que qui cê faiz”, dentre outros. Do “que qui cê faiz” projetou seu nome pela venda de queijos, ovos, verduras, produção do sítio “donde” morava.
Entre os próximos, será lembrado como alguém carinhoso, com um amor muito pelos netos, com os quais gostava de brincar. “Vou sentir falta das prosas”, diz a neta Izabella Rezende, 17, filha de André M. Rezende, um de seus três filhos (os outros são Eder e Núbia), que faleceu em 2010, em Lucas do Rio Verde, em acidente automobilístico.
Seu corpo deve ser sepultado na manhã deste sábado, no Cemitério Bom Jesus, depois de velado na Casa da Saudade, onde familiares e amigos fazem as despedidas. A todos, o Castanheira News deseja consolo e força para superar o difícil momento.
