A pandemia coronavírus tem imposto novos hábitos em Castanheira, a exemplo do que tem acontecido em todo lugar. Pelos cenários criados, reinventar é preciso. A seguir, alguns desses cenários e outras notas adicionais sobre o tema.
Igrejas marcam presença – Vários pastores e Igrejas (denominações) de Castanheira estão usando alguns aplicativos das redes sociais para se manifestarem sobre o tema ou realizarem seus cultos. O recém-chegado Caubi Gonçalves de Araújo, da Igreja Presbiteriana Renovada, por exemplo, além dos cultos, grava momentos diários, a partir do templo, dando visibilidade ao seu talento no falar e no cantar.
Velório – A morte do pioneiro Egídio Liberato da Conceição, de 91 anos, foi o primeiro teste do comportamento do cidadão castanheirense em relação aos decretos estabelecidos pelas autoridades sobre interações coletivas. Mas, com tantos filhos, netos e bisnetos, foi difícil as pessoas se conterem de evitar o aperto de mão ou o abraço.
Alivio – Esse o sentimento predominante depois do anuncio de que os casos suspeitos em Castanheira – três – foram descartados por análises laboratoriais. “Que ninguém, contudo, baixe a guarda, pois não se trata de uma gripezinha, conforme estatísticas de mortos indicam”, disse um internauta em página do facebook. Se o vírus não chegar aqui – obviamente desejamos e oramos por isto – será por graça de Deus, graça que opera na dor.
Aulas – Embora novos decretos estejam sendo publicados de tempo em tempo – por conta de algumas incertezas sobre o COVID-19 – é provável que o retorno as aulas só aconteça no final do mês, atendendo um desses “últimos” decretos do governador do Estado, Mauro Mendes. É preciso que pais e alunos saibam que as tradicionais férias de meio de ano dificilmente acontecerão, a não ser que a estratégia de reposição de uma aula por dia seja observada, como por ocasião da greve dos professores, ano passado.
Professores: pais reconhecem! – Vídeo circulando nos grupos de WhatsApp mostra que alguns pais, talvez resistentes ao papel de um professor na sala de aula, estão se rendendo ao ofício, a partir da experiência de confinamento com os filhos nesses dias. Um deles, em tom de brincadeira chegou a observar que “os meus nem o diabo aguenta! ”.
O lado bom – É possível ver algo bom em meio ao cenário de caos gerado por essa pandemia? Sim! As aguas claras em Veneza mostram o poder de poluição que o ser humano exerce no cotidiano, o trânsito fluindo com facilidade nos grandes centros, menos ou quase nenhum acidente sendo registrado, o diálogo em alta no seio da família, a valorização de certos profissionais, são alguns indicativos. O ideal é que fosse sempre assim, mas...
Mercados e educação – Quem esteve nos mercados da cidade percebeu que finalmente a ordem foi restabelecida. O egoísmo de alguns de levar muito deixando outros com pouco ou sem nada, especialmente, foi deixado de lado. Compreende-se que o momento é difícil, mas ainda não é o fim. Os tempos apocalípticos ainda não chegaram!