“Brincadeira de faz de conta”. Essa a expressão usada pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, ao falar das delegacias da Policia Civil que devem ser fechadas no Estado, por estarem em cidades que não tem juiz, promotor e por terem estrutura precária, algumas funcionando em imóvel alugado. “A gente tem que parar com essas brincadeiras de faz de conta”, tem declarado o governador, a propósito da decisão, enquadrada nas medidas de enxugamento de gastos, num Estado que teria dívidas de R$ 3,9 bilhões pra saldar. Na lista, que desde o anúncio tem apresentado oscilações de nomes, Castanheira está presente.
Mas, a prefeita do município, Mabel de Fátima Melanezi Almici, não tem se acomodado diante da possibilidade. Uma fonte ouvida pelo Innovare News lembra que na verdade já se cogitou o fechamento da unidade local há dois anos. E desde então, uma luta está em curso. Pelo não fechamento, Mabel tem batido em várias portas. A mais recente foi a de Carlos Fávaro, chefe do escritório de Mato Grosso em Brasília e um dos articuladores do atual governador. O encontro foi ontem, na capital do Estado. Hoje, a conversa é com o deputado federal Valtenir Pereira, parceiro da administração.
Como só falar não resolve, a gestora do município e sua equipe de governo, com apoio de vereadores, tem trabalhado pela manutenção do custo operacional da Delegacia de Castanheira, não apenas com material de serviço, mas com servidores. A unidade também foi completamente reformada, obra que demandou recursos da ordem de R$ 100 mil, tendo parceria do Conselho de Segurança de Juína. Com isto, pelo menos o quesito “precariedade” não se enquadra na realidade local. E se entre os argumentos, um deles foca nos poucos inquéritos, em Castanheira o volume é denso. Por essas e outras, o conceito do “faz de conta” pode ser contestado, pelo menos por aqui. E continuar movendo a prefeita, sua equipe de governo e os vereadores a continuarem lutando pelo não fechamento.