Vivaldo S. Melo
No final da tarde do domingo, 25, a notícia da morte de uma jovem mulher, em Juína, que lutou dias contra a Covid, chega entre os conhecidos em Castanheira. Nos primeiros meses da Covid 19, isto não assustava tanto na pequena cidade do noroeste de Mato Grosso. Os Boletins Epidemiológicos da Secretaria de Saúde indicavam alguns dos menores índices de contágio no Estado. E mesmo em Juína havia leitos disponíveis para atender casos mais urgentes. Respirava-se!
No final da tarde do domingo, 25, a notícia da morte de uma jovem mulher, em Juína, que lutou dias contra a Covid, chega entre os conhecidos em Castanheira. Nos primeiros meses da Covid 19, isto não assustava tanto na pequena cidade do noroeste de Mato Grosso. Os Boletins Epidemiológicos da Secretaria de Saúde indicavam alguns dos menores índices de contágio no Estado. E mesmo em Juína havia leitos disponíveis para atender casos mais urgentes. Respirava-se!
Janeiro de 2021. A realidade mudou, apesar de muitos continuarem não levando a sério o avanço de uma pandemia que tem virado o mundo de cabeça pra baixo. Os relatórios já indicam 54 contágios na cidade - com aumento de mais de 70% em janeiro -, a possibilidade de muitos outros, pois dezenas de casos estão em monitoramento, e a ala Covid do Pronto Atendimento quase 100% ocupada. Já se busca encaminhamentos para Cuiabá, pois em Juína, que foi local de socorro, já não existem leitos disponíveis de UTI.
“Gente, a coisa é séria”, diz alguém que esteve na Unidade de Saúde de Castanheira – o Pronto Atendimento - que se preparou, logo nos primeiros meses da COVID 19, para atender a realidade local, antecipando-se a vários municípios. Hoje, contudo, chega-se ao limite, com apelos constantes no dia a dia às pessoas de bom senso, afinal o descuido de muitos – que continua! – tem sido a razão de um momento sofrível, que gostaríamos até de ignorar, afinal queremos tocar a vida na perspectiva do normal de antes. Mas, o problema é o que o vírus não se foi. Teima em ficar.
Num cenário real, da capacidade instalada de atendimento no município no limite, e em outro, paralelo, de tantas incertezas, polêmicas e até histerias, o bom senso recomenda a arma que ainda continua sendo a mais forte neste front: o cuidado “com cuidados” que não custam muito, principalmente quando o que se está em perspectiva é a vida, principalmente em locais de ajuntamento humano.
Se a missa, o culto, a festa, a celebração tiverem que ser cortados, que se faça. Se o "fique em casa" voltar a ser uma recomendação de ponta para os que podem, especialmente os idosos, que se leve a sério. O mundo virtual possibilita opções de vínculos, mesmo que não intensos, mas que alimentam a cadeia de relacionamentos. Se o uso de máscara for obrigatório, que se cumpra, etc... Ouvir o sábio bíblico talvez seja necessário, de que “há tempo para tudo”.
Feito isto e quem sabe descobrindo-se formas eficazes de combate ao vírus – porque em alguns casos determinadas alternativas sugeridas não conseguem vence-lo – fica mais fácil virar esta página e possibilitar que a vida volte a ser como era, antes deste novo normal, que incomoda bastante, principalmente quem olha para além de si e não busca apenas os seus próprios interesses!
Em tempo: A foto que ilustra o texto, enviada por uma leitora, de um nascer do sol em Castanheira, ilustra a esperança que temos de dias melhores...
Feito isto e quem sabe descobrindo-se formas eficazes de combate ao vírus – porque em alguns casos determinadas alternativas sugeridas não conseguem vence-lo – fica mais fácil virar esta página e possibilitar que a vida volte a ser como era, antes deste novo normal, que incomoda bastante, principalmente quem olha para além de si e não busca apenas os seus próprios interesses!
Em tempo: A foto que ilustra o texto, enviada por uma leitora, de um nascer do sol em Castanheira, ilustra a esperança que temos de dias melhores...