Quando as aulas voltarem, presencialmente, pais e alunos da Escola Municipal Castanheira, nos altos do Bairro Santa Rita, não terão apenas uma melhor acessibilidade como novidade (a Prefeitura fez todo o calçamento do entorno). A direção da Escola está sob novo comando. Nilma Ferreira da Silva Moreira é a nova diretora.
Nilma chegou em Castanheira como a maioria dos moradores: ancorada, com os quatro irmãos, nos pais Sebastião Ferreira e Maria da Luz, que deixaram Araputanga para novos sonhos, adquirindo propriedade nas proximidades do Rio 7, sentido Juína. Tinha 13 anos na época.
Desde o já distante ano de 1989 perseverou no desejo de atuar na educação, concluindo o ensino básico e indo mais longe, cursando Pedagogia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), pós-graduação em Gestão Escolar na mesma instituição e se formando em Educação e Inclusão – Linha de Formação Psicopedagogia Institucional pela FAEL. Também formou família, ao conhecer Welington Silva Moreira, técnico administrativo educacional. Com ele vieram os filhos Gabrielle, aluna de Farmácia e Matheus, formado em Odontologia. Este lhe deu a nora, Patrícia, que segue os passos do esposo, fazendo Odonto.
A nova gestora de uma das principais escolas do município atua há 25 anos na educação, tendo sido efetivada no ano 2.000. Na caminhada trabalhou com salas multisseriadas na zona rural, foi professora de reforço no projeto Xané, hoje extinto, professora no Centro Educacional Municipal Pequeno Príncipe e professora na Escola Municipal Castanheira, onde também atuou como coordenadora por 6 anos. Uma trajetória que lhe dá crédito para a nova função.
Consciente do momento difícil num cenário global, com uma inesperada pandemia, Nilma, cristã Adventista desde a juventude, confia que Deus há de dar um direcionamento a todos que atuam na linha de frente da Covid 19. Vê o momento como um tempo de aprendizado. Pensando no seu desafio como diretora acredita no trabalho em equipe, com a soma da força de vontade, dedicação e empenho dos professores, que se esforçaram da melhor maneira possível para conduzir a educação nos últimos meses.
Sobre o ano letivo, destaca que a previsão de retorno é no dia 08 de fevereiro, de forma não presencial, através de apostilas, como em 2020. “Ainda temos um número significativo de pais que não efetuaram a rematrícula dos alunos; estamos tentando entrar em contato, mas uma das dificuldades é o fato de muitos números de celulares estarem desatualizados”, diz.
Do cenário atual vê como maiores desafios superar a insegurança e a incerteza do que está por vir, a ausência de informações seguras, os recursos tecnológicos escassos e a falta de formações/orientações para que os profissionais da educação tenham um norte, um direcionamento das práticas pedagógicas. “Porém, confio em um Deus que está acima de todas as coisas, que tem o domínio em suas mãos e responderá as orações de seus filhos, possibilitando que realizemos o melhor por nossos alunos”, conclui.