Luto: As paixões de Nildomar Paula de Souza

RESUMO DA NOTÍCIA

Universo da pecuária castanheirense perde um de seus grandes entusiastas com a morte de Nildomar Paula de Souza.
Goiano da pequena Paranaiguara, no sul do Estado conhecido por uma boa pamonha, que pisou em solo mato-grossense em 1980, em Araputanga, e 14 anos depois avançou para o noroeste, chegando a Castanheira. Sua história tem em comum o ideal de outros que foram povoando aos poucos a região, tendo como desejo maior as lidas com a terra. No seu caso, de maneira mais específica, com a pecuária.

Nildomar Paula de Souza, filho de Virgílio Clemente de Souza e Julieta Paula, nascido em 25 de março de 1951, realizou este sonho. Na nova referência de vida, com a companheira de todas as horas, Amélia, mulher de verdade, como frase de conhecida canção, foi presença sempre alegre nos festivos encontros familiares, muitos regados a um bom churrasco e onde não poderia faltar o macarrão. 

Nesta sexta-feira, 11, depois de longo sofrimento com limites na saúde, ele encerrou seu ciclo de boas prosas, que renderam boas risadas e fortaleceram vínculos, especialmente entre seus maiores fãs, os filhos Nildomar JS e Juliana, e os netos Kaiane, Karla, Karoline, Pedro e Sophia. Sua morte foi sentida por toda cidade, que respira pecuária, segmento onde sempre deixou marcas. “Era apaixonado pela inseminação artificial em bovinos, se especializando em 1973 pela empresa CRV Lagoa da Serra”, destaca uma das netas. Em Castanheira foi o primeiro comprador de gado da empresa Frigoara.

De uma família de 08 irmãos – Vanda, Eurípedes (Neto) Virgílio e Jobes, que moram em Castanheira; Lelis (Jaciara) e Regina e Vaninha, residentes no exterior – Nildomar “Pai” como alguns gostam de lembrar, para diferenciar do filho, homônimo, líder político aguerrido e animado narrador de Rodeios, tinha duas outras grandes paixões: o Flamengo e a Maçonaria. Como nos cenários da pecuária, nesta organização fraterna, participava ativamente dos eventos desde o ritual de iniciação, nos tempos de Araputanga. Deixa como um dos memoriais a Estância Nilju, que homenageia, a partir das primeiras sílabas, a maior de todas as suas paixões: os filhos.