"Não mando meu filho para a Escola nem a pau!"

RESUMO DA NOTÍCIA

Depois da orientação para que as aulas presenciais voltem em 10 dias, maioria dos pais se manifesta contra a medida e levanta questionamentos pertinentes sobre o tema.
A ordem dada pelo governador do Estado, Mauro Mendes, através de lei aprovada pela Assembleia e por ele sancionada, de retorno às aulas presenciais nas escolas públicas e privadas (essas na verdade tem tentado retornar a rotina de antes da pandemia da Covid 19),  tem grande resistência no meio da sociedade. Se depender dos pais, grande parte dos alunos não deve retornar.

Dos comentários nas redes sociais, a partir de registros na imprensa regional, sobre a medida, publicada ontem, dando 10 dias para que os Prefeitos e Secretários de Educação elaborem um plano de retorno às aulas, sob pena do primeiro ser preso, caso isto não aconteça, conclui-se que nem os 30% exigidos de participação presencial de alunos, nas Escolas, devem retornar.

“Não mando meu filho para a Escola nem a pau”, diz Rosenice Alves da Silva, na página do Juina News, seguida por centenas de outros, inclusive castanheirenses. “A vida é prioridade”, destaca Cristiane Batista, observando que as aulas on line estão ótimas. “A justiça pode até determinar volta as aulas, mas não pode nos obrigar a mandar os filhos para a escola”, contestou, no Castanheira News, Aline Lino. 

Em grande parte das manifestações os pais questionam uma medida que foi ignorada pelo texto assinado pelo governador do Estado, que é a vacinação dos professores. “Exigir vacina para os profissionais da educação, ninguém quer”, observa Andreia Verçoza. “Eles não estão nem aí!”, argumenta Lenira Bárbaro

Entre os poucos leitores que defendem a volta das aulas presenciais, Carmem Campos observa que “em todos os países” as coisas voltaram a normalidade, inclusive com aulas. Destaca, contudo, a importância de se observar as medidas de biossegurança para que isto aconteça. 

Em nenhuma manifestação favorável, contudo, existe alguma defesa a proteção necessária dos profissionais da educação. Na contramão dos poucos que se posicionam favoravelmente ao retorno das aulas presenciais, Lurdinha Zamarian é enfática: “Enquanto os professores não forem vacinados, meus filhos não vão para a Escola”. 

Professores e crianças

Ignorando a realidade, talvez por apego a posicionamentos desastrosos, como de um deputado, que na tribuna argumentou que “professor não trabalha”, um leitor registrou que "os professores é que estão felizes com o não retorno das aulas". O comentário, retirado da pauta, ignora que na verdade nunca os profissionais da educação tiveram tanto trabalho como no atual cenário, tendo, em muitos casos, que se reinventar. “É mais um louco”, rebateu um anônimo. 

“Como no cenário desta pandemia as coisas mudam rapidamente, inclusive os posicionamentos das autoridades, resta torcer para que determinadas questões, independente dos que se posicionam a favor ou contra, sejam revistas”, diz um pai de aluno da Escola Estadual Maria Quitéria, de Castanheira, ouvido pelo Castanheira News. 

Ele argumenta que ninguém deveria contestar a importância da vacinação dos professores, para que as aulas presenciais voltem, de forma gradativa, e lembra que existem dúvidas sobre a segurança das crianças. A propósito, acaba de ser noticiado que nove crianças desenvolvem síndrome rara associada a Covid 19 em Mato Grosso.