Ao revirar-se a história dos primeiros moradores de Castanheira, vê-se logo que muitos vieram de Minas Gerais. José Almeida de Andrade estava entre eles, compondo um grupo que deixou especialmente as regiões de Governador Valadares, Coroaci e Ipatinga e se estabeleceu numa terra que na década de 80 do século passado comentavam ser promissora, no noroeste de Mato Grosso, caracterizada por grandes e frondosas castanheiras.
Deixaram para traz muitas histórias, algumas lembradas por José Almeida de Andrade Júnior, advogado do escritório Tomasini e um dos seus oito filhos. “Meu pai gostava muito de jogar futebol até os 30 anos, no distrito de Conceição de Tronqueiras, em Coroaci, onde viveu sua infância, adolescência e mocidade. Um dos times adversários mais conhecidos era do amigo José Procópio, pai do Jarbas. Torcia pelo Cruzeiro! ”.
Zé Almeida, o companheiro animado de dona Lucinéia da Silva, faleceu por volta das 16 horas desta quarta-feira, 1º de abril, no Hospital São Lucas, em Juína, onde estava internado na UTI, deixando marcas entre as marcas dos primeiros moradores de Castanheira. Depois de submeter-se a uma cirurgia, teve parada cardíaca.
Na terra das antigas serrarias, depois de um tempo nos EUA, onde se estruturou financeiramente, montou uma empresa de fabricação de tubos e meio fios, teve uma máquina de arroz e até dedicou um tempo às lidas de um Sítio, nas proximidades da Fazenda Ferro Duro, na direção do Vale do Seringal.
Nos últimos tempos buscou descansar, consciente de ter cumprido sua missão. Se ocupava frequentemente com algumas das coisas que mais gostava de fazer, como pescar nos rios e córregos da região e viajar para curtir as belezas de algumas praias e visitar os filhos, netos e bisnetos em São Paulo e Minas Gerais. “Só eu e minha mãe estamos por aqui”, observa Dr. José, destacando que seu pai tinha 77 anos, nasceu em Governador Valadares, Minas Gerais, e tem as despedidas marcadas para as 09h desta quinta-feira, 02, na Casa da Saudade, sendo sepultado, em seguida, no Cemitério Bom Jesus.