Luto: Castanheirenses lamentam morte de Moisés Rissato

RESUMO DA NOTÍCIA

Castanheirenses lamentam morte de Moisés Siqueira Rissato, vitimado por um acidente na noite desta quinta feira.
Apesar de sabermos que a vida é breve e quanto mais se vive mais ficamos perto de seu topo, como já dizia Sêneca, em seu clássico “sobre a brevidade da vida”, a morte, muitas vezes ganha contornos do inesperado. Foi o que aconteceu no início da noite desta quinta-feira, 09, com Moisés Rissato Siqueira.

De família tradicional de Castanheira, esse paranaense de Pérola, 52, morreu fazendo uma das coisas que mais gostava de fazer: caçando, em sua propriedade, na MT 170, ao se acidentar com a arma, uma espingarda. Num primeiro momento, o tiro foi visto como normal. Um grito, porém, produziu angústia entre os familiares. Ao sair em busca do pai, um dos filhos, Diego, o encontrou agonizando. Encaminhado para o Pronto atendimento da cidade, veio a óbito por volta das 22 horas.

Moisés era um típico homem de família. Nas constantes visitas, fortalecia laços e ganhava a admiração. O sogro Aristides de Souza Peres, de 92 anos, pai de 17 filhos, um dos quais a mulher que lhe deu três filhos – Tiago, Daiana e Diego – Dona Maria de Fátima Carvalho Peres Rissato, era alvo constante de suas peregrinações. Ele é só elogios ao genro. Por isto, mesmo com alguns limites impostos pela idade, fez questão de deslocar-se a Castanheira e somar com amigos e familiares nas últimas homenagens. 

A história deste homem do campo, que chegou a Castanheira no final da década de 80, não se encerra nesta tarde triste, “sem sol”, como se a natureza estivesse expressando sua dor. Ele será lembrado em cada festa do padroeiro da cidade, Santo Antônio, cujo dia é celebrado na próxima segunda feira, feriado municipal. Católico fervoroso, ligado ao ministério “Tô na Lareira”, ele estava envolvido, nos últimos dias, com a programação do evento. As partidas de futebol entre amigos ficarão mais vazias, doravante. As prosas em família. E assim, por diante. 

Desejosa em fazer uma homenagem ao tio e padrinho, Fernanda Servilheri Rissato destaca o seu lado família. “Era muito presente na vida de todos”, diz, num tom de tristeza, destacando um lado bom de Moisés: marido, pai, avô  atencioso (de três netos), trabalhador, virtudes que bastam para explicar a tristeza reinante na Casa da Saudade, na tarde desta sexta-feira, 10, onde o corpo está sendo velado. O sepultamento deve ocorrer após as 17 horas, no Cemitério Bom Jesus. Valeu Moisés! Como disse alguém, “morre o homem, fica a história”.