O Lilás e o Azul-Marinho são as cores da campanha do mês de março que alertam para a atenção aos cuidados e prevenção do câncer do colo do útero e do colorretal. Mas, temos também o Março Verde, focado na saúde visual; Março Amarelo, da endometriose, relacionada ao útero; Março Vermelho, câncer renal e Março Brilhante, da saúde bucal. Destacamos, a seguir, o lilás e o azul-marinho.
Considerada a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, o câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina. O câncer colorretal é o terceiro câncer mais comum entre homens e mulheres no país.
Considerada a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, o câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina. O câncer colorretal é o terceiro câncer mais comum entre homens e mulheres no país.
Março Lilás
O mês de março, além de trazer o Dia Internacional da Mulher para conscientizar a população feminina sobre seus direitos, com essa campanha visa levar informação e estimular a prevenção contra o câncer de colo uterino, além de alertar para os principais sinais e sintomas que devem direcionar a mulher a buscar ajuda médica.
A escolha da cor lilás é atribuída ao movimento que ocorreu na Inglaterra, em 1908, no qual as mulheres lutaram pelo direito ao voto, conhecido como Movimento Sufragista.
Os fatores de risco do câncer de colo de útero envolvem o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, tabagismo, histórico familiar, início precoce da vida sexual e múltiplos parceiros.
Sintomas
O câncer de colo de útero possui um desenvolvimento lento, sem causar sintomas em estágio inicial. Contudo, em casos mais avançados o tumor pode causar:
- Corrimento vaginal anormal, com coloração e odores incomuns;
- Sangramento vaginal durante a relação sexual, entre as menstruações ou após a menopausa;
- Dor durante a relação sexual ou na pelve;
- Problemas urinários ou intestinais;
- Perda de peso involuntária;
- Anemia, devido ao sangramento frequente;
- Dores nas costas ou nas pernas.
Prevenção
A transmissão do vírus HPV, responsável pelo surgimento do câncer de colo de útero, é decorrente de relações sexuais e a medida preventiva mais recomendada para evitar esse tipo de vírus (além de outras doenças sexualmente transmissíveis) é o uso da camisinha.
O principal meio de prevenção contra o câncer de colo de útero é o exame Papanicolau, pois ele detecta lesões precursoras e acusa a presença da doença no organismo de maneira rápida e simples.
O ideal é que mulheres entre 25 e 65 anos de idade que têm/tiveram uma vida sexual ativa, realizem o exame preventivo a cada três anos, caso os resultados sejam normais. Agora, se houver a presença do tumor, será necessário repetir o exame em um período mais próximo e exames complementares, como a colposcopia, raspagem endocervical e biópsias.
“Para garantir a efetividade do programa de controle de câncer de colo do útero é necessário organização, integralidade e qualidade dos serviços, com indicação para um plano terapêutico mais apropriado para cada caso”, ressalta a enfermeira Tatiana Siqueira, professora de Enfermagem da Faculdade Florence.
Vacinação Contra HPV
A vacinação contra o HPV protege contra os subtipos: 6, 11 (causadores de verrugas genitais) e 16 e 18 (responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero em mulheres).
“A vacina é o melhor método de prevenção. Ela é segura e eficaz. Quanto mais cedo for a vacinação, maior a chance de se evitar o aparecimento do tumor. Essa diminuição do risco chega a ser de 90% quando as crianças são vacinadas. Além disso, a vacina também atinge outros cânceres relacionados ao HPV, como os tumores da vulva, canal anal, garganta e pênis”, destaca Tatiana Siqueira.
É garantida pelo Ministério a vacina tetravalente contra HPV para meninas de 14 anos e meninos de 11 a 14 anos de idade. Mesmo vacinadas, mulheres a partir dos 25 anos deverão realizar periodicamente o exame preventivo, visto que a vacina não protege o organismo contra os subtipos cancerígenos do HPV.
Tratamento
Entre os tratamentos mais recomendados está a cirurgia, a radioterapia ou, em condições mais graves, a quimioterapia. Cada caso deve ser avaliado e acompanhado por um médico para receber o tratamento adequado de acordo com o tamanho do tumor, seu estágio e fatores como a idade.
Março Azul-Marinho
No câncer colorretal, os tumores aparecem no cólon e no reto, partes do intestino grosso. O risco de uma pessoa desenvolver esse tipo de câncer durante a vida é de cerca de 5%, sendo que, aproximadamente, 70% dos tumores aparecem no cólon e 30% no reto.
Sintomas
Nos estágios iniciais, a doença, geralmente, não causa sinais e sintomas. Recomenda-se procurar seu médico, caso apresente um ou mais dos sintomas:
- Diarreia ou constipação;
- Sangramento ao evacuar;
- Anemia sem causa aparente;
- Desconforto abdominal, com gases e/ou cólicas;
- Sensação de intestino vazio;
- Vontade frequente de evacuar, mesmo com intestino vazio.
Prevenção
“O câncer colorretal está relacionado a dietas não balanceadas, ricas em carnes vermelhas e processadas, gorduras, sedentarismo, obesidade, tabagismo e alcoolismo. Essa patologia é comum e bastante agressiva quando diagnosticada tardiamente, por isso a importância de fazer exames preventivos como a colonoscopia a partir dos 50 anos”, explica o professor do curso de Enfermagem Marcos Cavalcante, da mesma Faculdade.
O ideal para evitar a doença é manter uma dieta balanceada e rica em frutas, verduras e vegetais pode diminuir o risco de desenvolvimento dos tumores. Praticar atividades físicas auxilia no controle do peso, principalmente entre os homens, que têm maior propensão para desenvolver esse tipo de câncer.
Tratamento
O tratamento das pessoas com tumores em estágios iniciais é menos agressivo e consiste na retirada do pólipo e das lesões, através de colonoscopia ou pequenas cirurgias com ressecções locais dos tumores. Em casos específicos, é recomendado sessões de quimioterapia complementares. Quanto mais avançado o estágio do câncer, mais agressivo deve ser o tratamento, podendo ser necessárias radioterapia e quimioterapia, mesmo antes de procedimentos cirúrgicos.
Cuide da sua saúde, previna-se, abrace essas campanhas você também!
Fonte: Faculdade Florence
Fonte: Faculdade Florence