Oitenta e seis anos bem vividos. Isto é o que se pode dizer de Maria Luiza do Nascimento, afinal dela e Seo Gerônimo Mendes do Nascimento, já falecido, surgiu uma grande família: 9 filhos, 21 netos e 21 bisnetos.
Cada um, doravante, contarão no passado a história de uma alegre e brincalhona mineira, natural de Patrocínio, que chegou a Castanheira no dia 2 de maio de 1984. Nesta quinta-feira, 23, as 14 horas, seu coração parou de bater. E intensificou batidas de outros, carregados de amor, que já começavam a sentir saudades.
Como mineiro que se preza é chegado num bolinho de polvilho, daqueles que espantam alguns na fritura, mas compensa na gostosura, esse era um fazer que entra na lista de cada agenda de sua numerosa família, onde entra, também, a estranheza do silêncio, pois ela amava ouvir música no radinho, desde os tempos da pilha e fazer suas rezas.
Tristeza? Passava longe, lembram os filhos, convidados pelo Castanheira News a se manifestarem. “Não gostava de ver ninguém triste” lembra um deles. E se ela se apresentasse na vida de alguém, uma das estratégias era cantarolar “O que sou sem Jesus? Nada!”. Nestas ocasiões pedia para cantarem com ela.
Depois de seu último endereço, a Av. dos Trabalhadores, 201, no limite dos Bairros Guadalupe e Santa Rita, onde deixou muitos de seus passos, e ser velada na Casa da Saudade, nesta sexta, 24, a partir das 17 horas, seu corpo segue para um lugar de saudade, o Cemitério Bom Jesus, que lembra o nome predileto de suas devoções. Tai alguém que merecia uma Moção de Aplausos!