Mais uma morte em Castanheira, falta de oxigênio no Estado, a realidade do coronavírus

RESUMO DA NOTÍCIA

Uma visão panorâmica da Covid 19 por aqui, ali e acolá...
Vivaldo S. Melo

Entre o alarmismo e o negacionismo, a postura correta dos castanheirenses em relação a Covid 19, no momento, deve ser de muito cuidado. Manter as atividades do dia a dia dentro de um padrão mínimo do possível, respeitando as orientações sugeridas por órgãos de saúde, entre elas o distanciamento social o máximo possível, evitar aglomerações, usar máscara, usar álcool em gel, lavar as mãos com frequência, evitar o toque do olho e boca desnecessariamente e quando fazê-lo higienizar-se antes, são detalhes que, se observados podem salvar vidas. 

Boletim da Secretaria Municipal de Saúde, publicado no final da tarde de segunda feira, 22, mantém padrões altos para a realidade local. No âmbito do Estado, porém, Castanheira está entre os municípios com risco moderado de infecção do corona vírus, juntamente com Juína. Em Cotriguaçu, Juruena, Colniza e Aripuanã, na região noroeste, o risco é alto, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde.

Confrontação de dados, contudo, de todo ano de 2020 com os dois primeiros meses de 2021 e os 23 dias já passados de março, podem gerar preocupação. Ao longo de 2020 Castanheira teve 111 confirmados, neste ano já são 335. Os casos investigados foram 271, neste ano já são 778. Ao longo do ano passado foram 03 óbitos. Neste ano, 12, um acrescentado às estatísticas na tarde de ontem.  No momento existem 39 casos ativos, 38 em monitoramento e 12 aguardando resultado.

A maior preocupação das autoridades de saúde, contudo, relaciona-se com um cenário mais amplo. O Ministério da Saúde, com informações da Procuradoria Geral da República, informa que o Estado de Mato Grosso está entre os seis do pais com perspectivas sombrias em relação a falta de oxigênio. Os outros são Acre, Rondônia, Amapá, Ceará e Rio Grande do Norte. Segundo o mesmo órgão, outros sete caminham para a mesma situação: Pará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em muitos hospitais não existem UTI's disponibilizadas. 

Os índices de mortes no Estado, que estavam em níveis abaixo de dois dígitos, no começo do ano, também tem indicadores preocupantes. Nas últimas vinte e quatro horas apuradas, de domingo para segunda, 125 pessoas morreram.  Num cenário maior, o país teve, na última semana o período mais letal do vírus, alcançando 15 mil mortes, com média de 2.500 por dia, o que colocou o país com o maior índice de óbitos no mundo. “São detalhes que precisam ser levados a sério pela população”, destaca uma fonte da Saúde, lembrando que a maior contribuição da população, dentro das possibilidades, é o isolamento social. Lugares que levaram a sério a medida, estão revertendo cenários anteriormente caóticos. Um exemplo é Wuhan, onde tudo começou.