Ensino Público: Maioria absoluta dos pais não aceita aulas presenciais no momento

RESUMO DA NOTÍCIA

Pequena mobilização em Juína por volta das aulas presenciais produz debate e mostra que pelo menos para a maioria dos pais "os filhos ficarem em casa" é o melhor.
Matéria no Site Juína News sobre decisão da promotoria de suspender aulas presenciais nas escolas particulares em Juína e a mobilização de um pequeno grupo de pais – maioria mães – em prol da volta, deixou em evidência que uma maioria esmagadora de pais é contra este retorno no atual momento, em que os números e os cenários da pandemia Covid 19 emitem sinais de alerta.

Com base nas centenas de comentários registrados na página do site em menção no facebook, mais de 90% não aprova o retorno as aulas no modelo presencial. O público que se manifestou representa, em grande parte, famílias cujos filhos estudam em Escolas Públicas.

O texto também lança luz sobre algumas interpretações equivocadas do momento. Uma delas, a infeliz crítica aos professores. Uma leitora, chega a citar que os professores não querem trabalhar e por isto não aceitam, em grande parte, o retorno das aulas presenciais. Ao seu comentário, dezenas de intervenções foram registradas, inclusive de pais, elogiando o esforço dos professores dentro de um modelo que talvez exija mais trabalho do que o presencial.

Em resposta à crítica aos professores e as autoridades que estão lidando com algo inusitado, tendo que suspender o modelo presencial, alguns profissionais da educação chamaram a atenção para a importância das pessoas conhecerem o trabalho que está sendo desenvolvido no momento. “Só quem tem um professor dentro de casa sabe como este momento está exigindo de cada um”, destaca um internauta, aparentemente filho de professora. 

Em Castanheira

Como na maioria dos municípios, a Secretaria Municipal de Educação de Castanheira continua a manter o sistema apostilado, com os professores elaborando o seu material e com um adendo importante: cada professor grava um pequeno vídeo das aulas, com explicações importantes de cada conteúdo. Em grupos de WhatsApp eles interagem com os alunos e com os pais, visando dinamizar as interações.

Mortes

No caso de uma possível volta das aulas presenciais, no momento em que a Covid 19 atinge o seu ápice em todo território nacional, alguns internautas chamam a atenção para a necessidade de que não apenas os alunos estejam seguros, mas também os profissionais da educação. Neste caso, a maioria defende a vacinação como fundamental. 

Alguns também citam os vários casos de contaminação e mortes, por Covid, em cenários onde as aulas voltaram presencialmente. Levantamento feito pelo Sintep-MT revela que no ano de 2021 aumentou em mais de 45% o número de óbitos entre os profissionais da educação que estão na ativa, especialmente na faixa etária entre 30 e 50 anos.  

O órgão representante da categoria destaca que, mesmo diante dos registros de colapso na Saúde Pública e privada, várias redes municipais de educação insistem em defender a manutenção das aulas presenciais, colocando em risco a vida dos estudantes e dos profissionais. Citam como exemplos os municípios de Sinop, Campo Verde, Sorriso, Nova Mutum e Pontes e Lacerda. “A medida levou ao aumento significativo no número de profissionais contaminados e óbito nos municípios”, observa Valdeir Pereira, presidente.