Covid 19: Relação óbitos-vacina define quadro irrefutável

RESUMO DA NOTÍCIA

Embora ainda existam polêmicas sobre a vacina contra a Covid, números no mundo mostram uma realidade irrefutável: os não vacinados são muito mais vulneráveis.
A infectologista do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, Mirian Dal Ben, falando sobre a realidade da pandemia da Covid 19 no momento, destaca que existe um quadro bastante parecido no mundo.
 
 “A gente vê que a maior parte das pessoas que internam e precisam de um leito de UTI são principalmente pessoas não vacinadas, ou pessoas que têm alguma comorbidade que faz a resposta à vacina ser menor”
, afirma.

Ela pontua que também existem pacientes internados que se vacinaram contra o coronavírus, “mas bem menos”. “O que a gente observa é que os quadros clínicos são muito diferentes da outra onda”, argumenta.

A infectologista disse que os internados vacinados usam poucos dias de oxigênio quando necessário, não precisam ir para a Terapia Intensiva e melhoram muito mais rápido.
 
“Quem a gente vê com o padrão de infecção de ficar internado por muito tempo são os não vacinados”
, declara.

Referência importante
 
Reportagem sobre o Hospital com maior número de leitos dedicados a pacientes com Covid 19 no país, o  Gazolla, do Rio de Janeiro (350 dos 420 leitos), destaca que 45% dos pacientes não estavam vacinados; 39% estavam com o esquema vacinal incompleto; e os demais eram vacinados com esquema completo e tinham uma peculiaridade: já sofriam de doenças graves e são, em sua maioria, idosos.
 
As mortes evidenciam ainda mais a violência da Ômicron para quem não tem a proteção da vacina. Desde a reabertura de leitos exclusivos para a Covid na unidade, 56% dos óbitos foram de não vacinados, 35% de pacientes com esquema vacinal incompleto e 9% de pacientes vacinados, mas com comorbidades descompensadas e em grau avançado de doenças de base.

Castanheira
 
No município de Castanheira, seguindo tendência geral de momento, o contágio continua elevado, embora os casos graves sejam raros. Segundo fontes ligadas a Saúde, na última quinta, 27, existiam 86 ativos, totalizando 1.058 desde o início da pandemia. 
 
Até o momento, 1.258 casos foram descartados e 943 curados. Considerando o perfil de rápida proliferação da cepa ômicron e o fato de muitos não terem completado o quadro vacinal, a observância dos cuidados recomendados em protocolo é fundamental para a superação da nova onda. Quanto aos que hesitam vacinar, a volta da média de mais de 500 óbitos por dia no país deve ser objeto de reflexão.