Em muitos 04 de julho, nos últimos anos, os castanheirenses que dormiam no interregno entre a véspera e o dia da celebração da data magna do município, acordavam com fogos. E tinha festa na Praça Central, que leva o nome da data, referência dos encontros festivos nas últimas décadas.
Neste 04 de julho de 2021 nada se ouviu. Ninguém combinou nada, mas acabou sendo uma homenagem da cidade, conhecida por sua hospitalidade, a seus cidadãos que perderam suas vidas, para a COVID 19, todos ligados, de alguma forma, a sua história.
Apesar do silêncio das festas (oficiais), o município vive um tempo muito singular, com várias frentes de trabalho, serviços essenciais mantidos e as várias Secretarias, de olho no futuro, trabalhando projetos que só ganharão visibilidade quando existir segurança e outros que independem deste cenário, mas do tempo natural imposto pela burocracia.
A data, contudo, foi e tem sido lembrada, antes do dia que se chama hoje – 04 de julho – e nele, através de diversas homenagens de seus cidadãos e de órgãos conhecidos, como a Associação de Municípios de Mato Grosso, AMM, que definiu uma arte, com mensagem de saudação, a partir de uma foto que viralizou nos últimos dias, tirada pela empresária e arquiteta Letícia G. Silva.
O município definiu também algumas atividades possíveis, dentro das medidas de bio-segurança, como o encerramento dos concursos de Fotografia (Site Castanheira News, Secretaria de Educação e Secretaria de Esportes) e Redação (Secretaria de Assistência Social), com desfechos divulgados no seu site oficial.
E como existe um evento conclusivo nestas ocasiões, a Live Cultural “Castanheira, Terra de Gente Feliz”, na noite da última sexta-feira, 02, deu este tom. Uma das atrações foi a canção "Minha Linda Castanheira", da trilogia "Cidades", do Site Castanheira News.
Antes, no mesmo dia, a partir das 11h30, a TV Juína, que trabalhou o projeto, com logística local de Nicoli Pereira e Ernane Leitner, já tinha realizado uma edição especial do programa Juína Urgente, com apresentação de Yuri Gabriel Klauck Ferreira, destacando a história e as potencialidades do município, emancipado em 04 de Julho de 1988.
Castanheira surgiu como sub núcleo do capítulo "Juína", inserido no projeto Polo Amazônia, na segunda metade do século passado, visando a ocupação dos chamados “espaços vazios” da parte amazônica de Mato Grosso, em sua região noroeste,
Castanheira surgiu como sub núcleo do capítulo "Juína", inserido no projeto Polo Amazônia, na segunda metade do século passado, visando a ocupação dos chamados “espaços vazios” da parte amazônica de Mato Grosso, em sua região noroeste,
Com excelente audiência e repercussão nas redes sociais, que tem particularizado trechos do trabalho, o vídeo especial “Eu sou Castanheira”, produzido com apoio do Governo municipal, Sicredi e CDL, acabou fazendo o “gran finale” de tudo o que se viveu nos últimos dias, projetando as potencialidades do município e traduzindo o sentimento de todos em relação a terra que poderia nem ter existido, a exemplo de Juína, não fosse uma mudança na Lei, por conta de um capítulo relacionado a presença indígena.