A caridade, uma das grandes virtudes do cristianismo, traduzida em algumas versões bíblicas com o significado de amor, tinha em Lenilda Lanes Rodrigues Ferreira uma grande referência em Castanheira.
Se ela se incorpora em ações que se eternizam, sempre que alguém procurar a pastoral da saúde, doravante, setor dinâmico e atuante do catolicismo na cidade, vai lembrar de sua figura, onde foi instrumento de cura para um número incontável de pessoas.
Nesta quarta-feira, 14, por volta das 14 horas, no Hospital São Lucas, em Juína, Lenilda terminou sua missão. Fragilizada por uma pneumonia, seu amoroso coração não resistiu, para tristeza dos cinco filhos - nascidos da relação de amor de mais de quatro décadas com Seo Nelson Rodrigues -, 12 netos, 03 bisnetos e uma legião de amigos.
Lenilda compunha até este dia a comunidade capixaba do município. Nasceu em Joatuba, de lá trazendo gosto por um franguinho caipira e uma boa polenta, como lembra uma das netas.
Construiu sua história em Castanheira a partir de 1982, o que a insere no grupo de pioneiros do município. Como definem os próximos, tinha na disposição em ajudar o próximo a essência de sua vida, marcada por devoções pessoais em Santa Rita de Cássia, Aparecida e Nossa Senhora das Graças.
A partir das 21 horas, na Casa da Saudade, recebe os que foram marcados com sua presença e deixa uma lacuna entre os que partilharam sua história, entre eles os pais, ainda vivos, Odair e Ivone, ambos com 86 anos, que choram desde Brasiléia, no Acre, a perda de uma querida filha.
Nesta quinta, 15, no inicio da tarde, ocorre o sepultamento no Cemitério Bom Jesus. "Ela deixa um buraco imenso no coração da família", lamenta a neta Franciele Rodrigues Ferreira.