Em uma viagem que fizemos a Corumbá, em pleno pantanal-sul-mato-grossense, tempos atrás, paramos numa pequena lanchonete, à Beira da BR 262, de propriedade de Dona Eurides Maria, para aquele lanche que não tem como não fazer quando nos colocamos na estrada.
Beatriz Taína, a Bia, nossa filha, era bem pequena e levou um susto ao sermos recebidos por Dona Maria tendo ao pescoço uma cobra enrolada, a qual tratava pelo nome e beijava constantemente.
O mais surpreendente veio depois, quando, de repente, ela usou um instrumento, na forma de berrante, e gritou alguns nomes. Em poucos minutos, vários jacarés apareceram na frente do local. Ela os chamou pelos nomes, sendo acarinhada por seus fucinhos.
Tempos depois vimos uma reportagem do Globo Repórter sobre essa mulher diferenciada. E soubemos como ela é conhecida, entre os turistas: “Maria dos Jacarés”. Os ditos cujos são mansos, e alguns pais ousam tirar fotografias com os filhos “enjacarados” neles. Bia, não aceitou a sugestão.
A propósito da vacina, e as polêmicas em torno do tema, fiquei a pensar. Se eu tomar e perceber que vou virar jacaré, quero ir para a região do Pantanal de Mato Grosso do Sul, onde mora Dona “Maria dos Jacarés” e ser adotado como mais um, afinal ela trata muito bem os bichanos. Rosenir, minha esposa, já está avisada! (Vivaldo S. Melo).