"Já imaginávamos!", dizem familiares de Tiarles Oliveira Negrão sobre envolvidos em sua morte

RESUMO DA NOTÍCIA

A morte, com requinte de crueldade, do jovem Tiago Oliveira Negrão, teve desfecho que já era esperado pelos familiares em Castanheira.
 “Meu coração já dizia, já imaginávamos isto!”. A revelação de Rosana Negrão, ao Castanheira News, no final da tarde desta quarta-feira, 07, dia em que recebeu o comunicado da prisão dos envolvidos na morte de seu irmão, Tiarles Oliveira Negrão (destaque das fotos), 33, alivia um pouco a dor que familiares e amigos tem sentido há quase oito meses.

No dia 17 de novembro de 2020, seu corpo foi encontrado, com requintes de crueldade, embaixo de uma ponte de concreto, no Rio das Pedras, próximo a Primavera do Leste. 

O sofrimento da família Negrão, com parte residindo na linha 03, em Castanheira, onde Tiago viveu dos 04 aos 23 anos, começara bem antes. 

No dia 11 de novembro ele fizera o último contato. Estava feliz, pois estava indo de Canarana, onde estava residindo, a Barra do Bugres, retirar uma Moto Bros, Azul, que tirara em Consórcio. “Era a realização de um sonho pessoal”, lembraram os familiares. 

Por uma dessas coisas, o jovem que fazia parte da grande família paranaense residente no município de Castanheira teve a vida tirada numa quarta-feira. Nesta quarta, a Polícia de Canarana, em conjunto com a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) de Primavera do Leste, prendeu, na Operação Pretium, o casal suspeito do latrocínio (roubo seguido de morte) praticado contra Tiago. 

Para tristeza da família, a mulher levada para a prisão teve um relacionamento com a vítima no passado. Além do casal, um irmão seu também foi preso. Ele já tinha passagem na Polícia por outro crime bárbaro no Estado de Goiás. 

Segundo Rosana, desde o início o seu coração dizia que a ex do irmão teve participação na trama brutal e embora a Policia trabalhasse com várias pistas, a convicção era de que os envolvidos queriam mesmo roubar a moto de seu irmão, que até hoje não foi encontrada. 

“Estamos muito tristes, por estar confirmado que fez parte deste crime alguém que conviveu com o Tiarles, e acabou pagando com mal o bem que recebeu”, disse, lembrando o fato do irmão ser tranquilo e amoroso com todos. 

Já em tempos de pandemia, a família impactada com a morte inesperada e pela forma com que o jovem foi executado, não pôde experimentar algumas etapas fundamentais do processo de construção do sentido e aceitação de uma perda tão dolorida, como o velório. 

A visão do caixão lacrado, que nem chegou a entrar na cidade nas primeiras horas do dia 20 de novembro, ficou na lembrança de todos. Virar a página? Talvez seja impossível. Mas que ela seja apenas uma, em meio a outras que lembram o moço trabalhador, bom filho, bom irmão, bom amigo, que passou por aqui, deixando saudade...