Além de centenas de cartazes, fixados nos postes de luz, poluindo visualmente a cidade e contrariando uma prerrogativa da lei, vinculados a religiosidade de matiz africana, uma imagem, na Praça 04 de julho, chamou a atenção do castanheirense na semana que se finda neste sábado, 1º de abril.
Embora nas redes sociais a curiosidade tenha despertado um debate sobre sua origem, todos os indícios são de que a iniciativa é alguma Igreja da cidade, uma vez que em alguns arquivos a figura invocada é de Nabucodonossor, personagem citado na Bíblia, muito lembrado especialmente na literatura do adventismo do 7º dia.
Se este é o propósito da iniciativa, verificada em outras praças centrais de cidades da região noroeste, como a da Bíblia, em Juína, a estratégia de fazer a revelação às 17 horas deste sábado, vinculando-a ao Dia da Mentira, é explorar alguma verdade difundida pelo grupo articulador.
Nas redes sociais muitos internautas se manifestaram, predominando a associação ao rei babilônico, mencionado nos livros bíblicos de Jeremias, 2 Reis e 2 Crônicas e com um papel proeminente em Daniel, com história marcada por detalhes embelezados ou misturados com lendas, tornando difícil discernir exatamente a verdade.
No caso específico do adventismo, o assunto ocupa bom espaço nos escritos de Ellen White, referência da teologia do grupo religioso e que defende o estudo das profecias de Daniel, onde Nabucodonossor tem proeminência, como fundamental para a dinâmica da vida espiritual.
Independente de ser ou não ser uma iniciativa dos adventistas, que trabalham várias estratégias criativas para difundir sua fé, quem a definiu tem conseguido nos dias que “precedem a revelação da verdade no dia da mentira” despertar uma discussão incomum no dia a dia das redes sociais. E com certeza muitos curiosos aparecerão na Praça.