Casa queimada, grande explosão, detalhes na história de um aventureiro, segundo a ótica do desbravador Piauí
Na edição especial da Revista Innovare News de outubro de 2021, com textos sobre as origens remotas de Castanheira, por isto a manchete de capa “Castanheira: Fragmentos de uma História”, ao contar detalhes da história de Piaui, um relato dele, para um grupo de alunos do antigo Núcleo de Educação Aberta e a Distância (NEAD), da UFMT, chamou a atenção.
Antes do registro, Piauí foi um dos desbravadores na região, sendo o codinome dado a Marciano Amâncio Nunes, sogro de uma das entrevistadoras, Rozelei Maria Pilege, hoje Secretária de Educação de Castanheira.
A elas, pois foram só mulheres – além de Rozelei, Jocirema Aparecida Lopes Nascimento Serafim, Maria Izabel Perdoncini Lisandro e Zenaide Mendes da Silva, o entrevistado contou a história que segue.
Uma figura lendária
“Carlos Ferreira foi uma figura lendária, um verdadeiro aventureiro”, destacou Piauí. Chegou a região (noroeste de Mato Grosso) com um padre de Santa Catarina e depois de descer pelo Rio do Sangue, fixou-se em uma ilha do Rio Juruena, em território Rikbaktsa, adaptando-se a vida indígena. Não usava roupas e seguia o ritmo daquela cultura.
Essa história quase resultou em tragédia, pois Carlos Ferreira veio a ameaçar os índios, tempos depois, resultando na sua expulsão pelo Conselho Indígena.
Em sua casa, que foi queimada, resultando numa grande explosão, foram encontrados diversos armamentos.
Carlos acabou migrando para as margens do Rio Vermelho, em terras da futura Castanheira, onde recomeçou sua vida. Ali (aqui) viveu até julho de 1988, quando foi embora para o Pará.