Futuro: o nosso mundo não vai melhorar

RESUMO DA NOTÍCIA

Conclusões do confronto entre as perspectivas bíblica e humana quanto ao futuro.
O ideal de se viver num mundo melhor, especialmente com mais justiça social, tem sido o foco de vários sistemas de pensamentos, dentro e fora da religião. Pela lógica evolutiva, espera-se que o homem cada vez melhore na sua forma de relacionar-se consigo mesmo e com o próximo. E assim uma nova humanidade se estabelecerá.

A Bíblia, porém, nos seus textos escatológicos, aponta em outra direção. O apóstolo Paulo, quando faz alusão aos "últimos dias" define como sentimentos preponderantes entre os homens o egoísmo e a vaidade. Ambos excluem, na prática, o fortalecimento do vínculo do amor, essencial para que o ideal acima se concretize.

Mas, o texto mais conclusivo sobre o futuro da história está no livro do Apocalipse, quando a João foi dada, por meio de visões, a oportunidade de contemplar parte dos acontecimentos finais. Segundo relato bíblico, após a experiência o apóstolo chorou copiosamente. Foi um choro de dor, aquele, diante das constatações que lhe foram possibilitadas.

Na sequência da cena, Deus, através de um ancião, o consolou, dizendo para que não chorasse. 

Se é possível estabelecermos um paralelo entre a experiência joanina e a nossa, é inevitável não chorarmos, ao longo de nossa jornada terrena, quando constatamos a impiedade, a injustiça, o ódio, a violência e a corrupção, avançando mais e mais.

A mesma voz, contudo, ouvida por João, na Ilha de Patmos, precisa chegar aos nossos ouvidos: "não chores". 

Lembremo-nos que sua visão focalizou, em seguida, Jesus Cristo. A lição é muito clara: nenhum sistema humano pode tornar a nossa vida, na realidade do aqui e do agora, melhor e mais feliz. Mas, há alguém que pode nos ajudar.

Em síntese, se a nossa experiência de vida acontece num mundo que se corrompe cada vez mais, paradoxalmente, podemos desfrutá-la de forma prazerosa, se Jesus Cristo estiver no comando, porque ele é o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi e o cordeiro de Deus. Na linguagem do apocalipse cada uma dessas designações tem um sentido espiritual. Se mudarmos a ordem, a mensagem de esperança é que o cordeiro que foi morto na cruz é o Leão da tribo de Judá e o libertador prometido da raiz de Davi.

Importante frisar do texto futurístico que João viu o cordeiro "de pé", o que nos faz lembrar a ressurreição de Jesus Cristo. Ele ressuscitou dos mortos e pelos mortos, para sempre e com isto desbancou os principados e potestades. A seguir, pegou o livro dos 7 selos - que podem representar 7 estágios da história humana - e abriu os selos, indicando que a história está em suas mãos.

De todas as lições que a riqueza das visões de João quanto ao futuro pode nos fornecer, deve prevalecer o fato que o cristão precisa confiar em Jesus Cristo quanto ao amanhã. Entregar tudo nas Suas mãos, sem medo e hesitação. 

A vida na terra, a partir dos sistemas criados pelos homens, irá de mal a pior. Mas, a despeito disto, Jesus Cristo continuará sendo a garantia de um viver pleno e com sentido, pois isto não acontece apenas na bonança e na prosperidade. Por isto, os cristãos precisam estar conscientes de que têm algo a oferecer para que o nosso mundo, na realidade do hoje, não seja o pior dos mundos. A vida pode ser bela... mesmo numa realidade que se deteriora!

Vivaldo S. Melo – Publicado em 06/06/2011